Por G1
“Quando fiquei sabendo que precisaria receber um coração para continuar vivo, eu não tive medo. Pedi a Deus para me dar força para superar aquilo tudo!” . O relato é do lavrador Geraldo Fernandes de Araújo, de 70 anos, um dos transplantados vivos mais antigos do Brasil. A informação é do Hospital Felício Rocho.
Em 1988, após ser diagnosticado com doença de Chagas, transmitida ao homem pelo inseto conhecido como barbeiro, senhor Geraldo foi para a fila de transplantes.
Nascido em Camarandiba, no interior de Minas Gerais, Geraldo morava em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, com a família. Ele contou que só pensava em viver, porque queria acompanhar o crescimento dos três filhos.
“Eu queria ver eles grandes”, disse.
Foram 60 dias até receber a tão aguardada notícia: um novo coração estava disponível!
A cirurgia aconteceu no Hospital Felício Rocho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
“Lembro que, depois da cirurgia, eu fui trabalhar e fiz tudo normal. Parece que eu nasci de novo”, relembra.
Hoje, 35 anos depois, Geraldo leva uma vida normal, ao lado da esposa Maria das Dores Campos Fernandes, dos três filhos, dos sete netos e do bisneto, que nasceu em fevereiro.
Para a filha, Camila Campos Fernandes, ela só pôde conviver com o pai graças à doação do órgão.
“Quando tudo aconteceu, eu tinha pouco mais de dois anos. Se ele não tivesse sido transplantado, eu não teria tido a oportunidade de conhecer meu pai. Gratidão eterna a família que fez esse ato tão nobre”, concluiu Camila.
Foto: Assessoria de Imprensa Felício Rocho