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Lesa pátria: Bolsonarista que fez live em cadeira de Moraes no 8/1 é preso pela PF

27 de setembro de 2023, 09h49 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por DCM

Nesta quarta-feira (27), a Polícia Federal abriu a 17ª etapa da Operação Lesa Pátria e prendeu preventivamente Aildo Lima, investigado por invadir o Supremo Tribunal Federal (STF) durante os atos golpistas de 8 de janeiro e fazer uma live sentado na cadeira do ministro Alexandre de Moraes. O alvo foi capturado em São Paulo.

A PF está executando três mandados de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão como parte das investigações sobre suspeitos envolvidos nos atos de depredação, instigação, financiamento e promoção dos ataques terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro.

Conhecido como “Bahia”, Aildo ficou nacionalmente conhecido após se filmar em frente ao Congresso Nacional. Em seu rosto, estava um pano branco, que era até então utilizado como máscara. O extremista também realizou a transmissão ao vivo no STF enquanto outros bolsonaristas cometiam os atos terroristas.

Aildo Francisco reside na cidade Campo Limpo Paulista, em São Paulo. Seu nome é mencionado em 23 processos, espalhados por diversos tribunais, em especial o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), de acordo com a plataforma JusBrasil.

Outro mandado de prisão já cumprido foi contra Basília Batista, também presa em São Paulo. Ela já havia sido detida um dia após os ataques golpistas, mas acabou sendo liberada por “razões humanitárias”.

Agentes ainda procuram um outro alvo do Distrito Federal. Além disso, cumprem ainda dez mandados de busca e apreensão em São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás. As ordens foram expedidas por Moraes, relator das investigações sobre o 8 de janeiro no STF.

A PF informou que os acontecimentos investigados nesta 17ª fase da operação Lesa Pátria podem configurar crimes como “abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.”

Bolsonaristas invadem e depredam as instalações dos prédios dos Tres Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. (Foto: Ed Alves/CB D.A. Press)

A operação da corporação teve origem a partir de quatro frentes de investigação abertas após os eventos de 8 de janeiro.

Uma dessas frentes tem como foco possíveis autores intelectuais, com a possibilidade de atingir figuras como Bolsonaro. Outra busca identificar financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de apoiadores de Bolsonaro para Brasília.

A terceira linha de investigação se concentra nos vândalos, com o objetivo de identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação de edifícios históricos na capital federal.

A quarta frente de apuração visa apurar a conduta de autoridades que possam ter sido omissas durante os eventos de 8 de janeiro, facilitando a atuação dos envolvidos nos ataques.

Foto: Reprodução

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