Por O Tempo
A ausência dos deputados Andréia de Jesus (PT), Leleco Pimentel (PT), Luizinho (PT) e Macaé Evaristo (PT) na votação da proposta para retomar a cobrança do ICMS sobre bens considerados supérfluos, nesta quinta-feira (28/9), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), irritou o bloco de oposição ao governador Romeu Zema (Novo).
O número de deputados da oposição ausentes é o mesmo da diferença do placar final. A proposta foi aprovada com 31 votos favoráveis e 27 contrários. Caso Andréia, Leleco, Luizinho e Macaé estivessem presentes, o placar terminaria empatado, o que, como prevê o regimento interno da ALMG, daria o voto de minerva ao presidente Tadeu Martins Leite (MDB), o Tadeuzinho.
Conforme apurou o O TEMPO, Andréia, Leleco e Macaé estavam em uma agenda ao lado da ministra da Cultura, Margareth Menezes, em Mariana, na Região Central, onde inaugura a Igreja São Francisco e o Museu da Cidade. Entretanto, o presidente da Comissão de Cultura, Professor Cleiton (PV), e a vice-presidente, Lohanna (PV), que também integram o bloco de oposição, estavam presentes.
Em nota, Leleco afirmou que está em sua base eleitoral, “em Mariana, acompanhando a ministra Margareth Menezes”.
Também por meio de nota, Andréia de Jesus informou que “cumpre nesta quinta-feira agenda com a ministra da Cultura, Margareth Menezes, em Mariana, com o objetivo de articular políticas públicas para o povo mineiro e fortalecer as ações do governo federal”. A parlamentar frisou ainda que “ao longo das últimas semanas se posicionou firmemente contrária ao projeto de aumento de impostos do governo Zema, inclusive fazendo obstrução e apresentando emendas”.
Luizinho, por sua vez, disse que está em Alfenas “cumprindo compromisso pré-agendado no seminário de Segurança Pública “Domínio de cidades: a evolução do novo cangaço”, que conta com a participação da Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar de Minas Gerais”.
Já Macaé não se posicionou até a publicação desta reportagem.
Ao ser questionado, o líder de oposição, Ulysses Gomes (PT), admitiu que a ausência dos deputados prejudicou. “Coincidentemente ou não, o número de votos provou isso. Nós poderíamos ter pelo menos empatado e um empate pode provocar aqui uma discussão de convencimento de muitos que estavam no plenário e não votaram. Mas faz parte do processo democrático. (…) Não vem ao caso aqui apontar a culpa de A ou B”, afirmou.
Foto: Willian Dias/ALMG