Por Itatiaia
Os criminosos que mataram os três médicos e feriram outro na Barra da Tijuca, na madrugada dessa quinta-feira (65), na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, queriam vingar morte de um parceiro chamado Paulo Aragão Furtado. Conhecido como Vin Diesel, ele teria sido assassinado por milicianos em 16 de setembro. Essa é a informação revelada nesta sexta-feira (6) pelo G1.
Por isso, a Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha com a hipótese que as vítimas teriam sido baleadas por engano. O verdadeiro alvo seria o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, que se parece fisicamente com Perseu Ribeiro Almeida.
Taillon é filho de Dalmir Pereira Barbosa, um dos principais chefes de uma milícia que atua na Zona Oeste do Rio, conforme a TV Globo. Ele teria participado na execução de Vin Diesel.
O verdadeiro alvo mora próximo ao quiosque onde ocorreu o crime. Ele chegou a ser preso em uma operação em 2020. Agora, a polícia investiga se alguém viu o grupo sentado e informou aos autores, acreditando se tratar de Taillon. Nas imagens das câmeras de segurança, um dos atiradores aparece conferindo se Perseu está morto.
O que aconteceu
O ataque aconteceu na madrugada desta quinta-feira (05), na Praia da Barra da Tijuca, em frente ao Hotel Windsor, onde as vítimas estavam hospedadas e onde acontece um congresso internacional de ortopedia.
Quatro médicos ortopedistas de São Paulo, que vieram ao Rio para o congresso, estavam sentados num quiosque quando homens armados e de roupa preta saíram de um carro atirando contra as vítimas. Três morreram na ação, entre eles Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL). O médico Daniel Proença, 32 anos, foi o único sobrevivente.
Daniel, que estava internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, foi transferido para o Hospital Samaritano, também na Barra, com estado de saúde estável.
Corpos de traficantes são encontrados
A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou, na noite dessa quinta-feira (5), quatro corpos de traficantes suspeitos de executar os médicos. Um dos corpos é do traficante Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk, apontado como executor das vítimas.
Outro corpo identificado é do Ryan Nunes de Almeida, integrante do grupo criminoso de Lesk, responsável por várias execuções na Zona Oeste do Rio por conta da disputa entre milicianos e traficantes.
A polícia acredita que os executores dos médicos foram encontrados mortos após serem condenados pelo chamado “tribunal do tráfico”. Isso porque chefes de facções criminosas não teriam gostado da repercussão do caso, tendo em vista que médicos inocentes acabaram mortos por conta do ataque.
Foi uma gravação telefônica, interceptada pela força-tarefa da Polícia Civil, que apontou traficantes como autores dos assassinatos dos médicos. Um homem, que seria um traficante, teria mandado uma mensagem de áudio aos envolvidos nas mortes dos médicos, indicando o possível local do alvo.
Foto: Redes Sociais