Por DCM
Desde que o conflito entre Israel e Hamas começou, mais de 300 mil habitantes estão saindo da região da Faixa de Gaza. É lá que as forças israelenses fazem uma contraofensiva com ataques de mísseis e bombardeios após ter sido atacados de surpresa pelo grupo no último sábado (7).
Segundo informações da imprensa estrangeira, o exército israelense tem como plano fazer um cerco total na região da Faixa de Gaza sem o abastecimento de comida, água e energia para enfraquecer o Hamas –que possuí bases de apoio no perímetro. No entanto, tal estratégia também afeta aos civis que atualmente estão alojados em abrigos improvisados em buscas de rotas de fuga da região.
Um deles é um grupo de 13 brasileiros que está alojado em uma escola católica situada na Faixa de Gaza, enquanto aguarda o retorno para o Brasil por meio de aviões da FAB que estão sendo concedidos pelo próprio governo. Mas, como medida de proteção, o Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia, informou na quarta (11) que vai avisará a Israel sobre a presença de civis que a unidade de ensino não seja bombardeada.
Organizações internacionais também criticaram a condução de Israel no plano de suprimir qualquer abastecimento na Faixa de Gaza pois diretamente afeta os civis que se escondem da guerra.
Por exemplo, o diretor médico do Hospital Al-Wafa na cidade de Gaza, Hassan Khalaf, afirmou em entrevista à Al-Jazeera que os hospitais na região afetada estão dependendo de geradores que não estão equipados para alimentar muitos equipamentos médicos. Assim, a falta de luz coloca em risco 100 recém-nascidos e 1,1 mil pacientes em diálise.
Já a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) revelou que nove trabalhadores humanitários morreram por conta dos bombardeios. Além de notificar danos estruturais a 18 instalações da organização. Ao menos dois hospitais e dois centros de saúde foram atingidos, segundo a mesma agência.
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