Por DCM
O conflito no Oriente Médio entre o grupo palestino Hamas e Israel está gerando preocupações políticas para o presidente Lula e outras lideranças internacionais. Segundo a avaliação de Lula, o conflito pode fortalecer movimentos de extrema direita em diversos países ao redor do mundo. Com informações de Kennedy Alencar, no UOL.
Israel viu a extrema direita ganhar força após os ataques do Hamas, e o país está formando um governo de união entre os partidos. Políticos opositores de Benjamin Netanyahu estão sendo obrigados a cooperar com o primeiro-ministro israelense, já que é comum que nações sob ameaça se unam. Esse fenômeno costuma acontecer com frequência durante conflitos e guerras.
Nos Estados Unidos, Donald Trump tem conseguido se beneficiar politicamente com o cenário, visto que as ações do Hamas fortaleceram seu apoio. As eleições presidenciais de 2024, que devem opor Joe Biden a Donald Trump, refletem essa dinâmica. Biden passou a apoiar Israel de forma contundente, ciente do fortalecimento de Trump e de movimentos de extrema direita em todo o mundo.
No Brasil, a situação tem impacto nas eleições locais, enfraquecendo figuras como Guilherme Boulos (PSOL), que vem sendo vinculado a movimentos extremistas por apoiar a causa da emancipação palestina, um princípio respaldado pelo direito internacional e reconhecido pela ONU. Contudo, a narrativa acerca do psolista tem sido controlada pela extrema direita nas redes sociais. Políticos de direita utilizam a guerra em Israel para descredibilizar Boulos na sua corrida para a prefeitura de São Paulo.
Em relação ao governo brasileiro, o presidente Lula observa a situação com apreensão e uma perspectiva pessimista em termos eleitorais. Ele se preocupa com o possível fortalecimento de políticos como Javier Milei na Argentina, bem como a recuperação de Donald Trump nos Estados Unidos. Ele também espera que Guilherme Boulos enfraqueça em São Paulo.
Diante desse cenário, Lula avalia que é crucial chegar à eleições presidenciais de 2026 em uma posição forte para enfrentar a extrema direita brasileira.
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