Por Metrópoles
O governo de Israel informou, nesta quarta-feira (18/10), que vai liberar ajuda humanitária “limitada” à Faixa de Gaza a partir do Egito. Esta é a primeira brecha desde o “cerco total” imposto por Israel, há 10 dias, sobre o território palestino.
A medida veio como retaliação após os ataques de 7 de outubro praticados pelo grupo extremista Hamas, que deixaram mais de 1,4 mil mortos em Israel. Água, comida, energia e combustível estavam proibidos de entrar em Gaza. Forças israelenses também contra-atacaram com bombardeios diários, matando mais de 3 mil palestinos.
Segundo a ONU, os ataques e o cerco de Israel representam “crimes de guerra” e levam a uma “catástrofe humanitária sem precedentes” na Palestina. O conflito agravou-se na segunda-feira (17/10), quando um míssil atingiu um hospital em Gaza. De acordo com palestinos, o bombardeio matou pelo menos 500 pessoas, na maioria mulheres e crianças.
De acordo com o primeiro-ministro israelense, Benjamim Netanyahu, a decisão de permitir ajuda limitada a partir do Egito foi tomada após um pedido formal do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em visita a Israel.
O gabinete de Netanyahu também informou que o exército israelense não impedirá as entregas de alimentos, água ou medicamentos, desde que não sejam destinadas a militantes do Hamas – apenas devem receber ajuda os civis que estejam no sul da Faixa de Gaza.
Na cidade de Rafah, único caminho entre Gaza e Egito, caminhões cheios de mantimentos aguardam há dias para passar, mas, segundo o governo egípcio, a instalação tem capacidade limitada e vem sendo danificada por ataques aéreos de Israel.
Foto: Amir Levy/Getty Images