Por G1
Em um ataque com caças aéreos, Israel matou nesta quinta-feira (19) Rafat Harb Hussein Abu Hilal, um dos chefes do grupo de milícias que atuam ao lado do Hamas na Faixa de Gaza, anunciaram as Forças de Defesa israelenses.
O ataque aéreo para matar Abu Hilal, disse Israel, foi feito em Rafah, a cidade fronteiriça entre o sul da Faixa de Gaza e o Egito onde está o grupo de brasileiros que tenta deixar o território.
Outras milhares de pessoas, entre palestinos e estrangeiros, também se concentram na cidade enquanto aguardam as negociações travadas entre Israel e Egito para abertura dos postos de fronteira locais.
Autoridades locais ainda não haviam relatado se a ação militar causou outros mortos ou feridos até a última atualização desta notícia.
Os militares israelenses afirmaram que Abu Hilal chefiava o braço militar dos Comitês de Resistência Popular (CRP), que agrega milícias de Gaza e é considerado um grupo terrorista por Israel e peçps Estados Unidos.
Também nesta quinta, o Hamas disse que outro ataque de Israel matou o chefe das forças de segurança nacional da Palestina lideradas pelo grupo armado, Jehad Mheisen, e parentes seus.
Israel disse ainda ter conseguido destruir postos de lançamento de mísseis, túneis, bases de inteligência e centros de comando do Hamas em bombardeios desde o início desta manhã.
Guerra será longa, diz Netanyahu
Este é o 13º dia de conflito no Oriente Médio, que começou em 7 de outubro após um ataque do Hamas contra Israel. Desde então, a região vive uma escalada de tensões.
O conflito levou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a visitar Israel na quarta-feira (18). Nesta quinta-feira, também em demonstração de apoio aos israelenses, o premiê do Reino Unido, Rishi Sunak, foi a Tel Aviv e se reuniu com o líder israelense, Benjamin Netanyahu.
Em pronunciamento ao lado de Sunak, Netanyahu disse que a guerra que trava com o Hamas “será longa”.
Ajuda Humanitária
Enquanto isso, milhares de civis palestinos aguardam a chegada de ajuda humanitária vinda do Egito na Faixa de Gaza. Israel já anunciou que vai permitir a entrega de alimentos, água e medicamentos, desde que a ajuda não chegue ao Hamas.
Mas autoridades ainda não haviam esclarecido, até a última atualização desta notícia, se a ajuda atravessará a fronteira do Egito com a Faixa de Gaza. Os kits devem entrar na região pela passagem de Rafah, que também foi alvo de bombardeios recentes.
O conflito entre Israel e o Hamas
Como começou o conflito? O confronto se iniciou após o grupo terrorista Hamas lançar centenas de foguetes contra Israel a partir da Faixa de Gaza, em 7 de outubro.
- Por terra, ar e mar, com motos e parapentes, homens armados invadiram o território israelense pelo sul do país.
- Houve relatos de que os invasores atiraram em pessoas que estavam nas ruas e sequestraram dezenas de israelenses (incluindo mulheres e crianças), levados como reféns para Gaza.
Como foi a resposta de Israel? Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação.
- “Estamos em guerra e vamos ganhar”, disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, logo após o ataque. “O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu.”
- Ainda em 7 de outubro, Israel lançou bombas em direção à Faixa de Gaza.
O que é e onde fica Faixa de Gaza? É o território palestino localizado em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito.
- Marcado por pobreza e superpopulação, tem 2 milhões de habitantes morando em um território de 360 km².
- Para se ter uma ideia desse tamanho em comparação com cidades brasileiras, o território é um pouco maior que o da cidade de Fortaleza (312,4 km²) e menor que o de Curitiba (434,8 km²).
- Tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005, Gaza vive um bloqueio de bens e serviços imposto por seus vizinhos de fronteira.
Qual é o histórico do conflito na região? A disputa entre Israel e Palestina se estende há décadas e já resultou em inúmeros enfrentamentos armados e mortes.
- Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico.
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