Por Luiz Tito/O Tempo
Dizem os mais experientes que a teimosia é um ato impróprio pelo vigor com que se fixa na desconsideração às outras circunstâncias. Na vida pessoal de cada um, a teimosia pode significar burrice e inconsequência.
Quando é uma atitude pública, uma fixação, é exigido que no mínimo e preliminarmente o interesse público seja preservado. Temos assistido há anos a insistência como o Governador Romeu Zema tem tentado levar adiante sua proposta de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal -RRF- que sabemos tratar-se de um dos mais cristalinos equívocos que governos de outros Estados tomaram e agora buscam saídas difíceis para so breviverem à estupidez de suas opções passadas.
O Governador Romeu Zema está querendo a adesão ao RRF, escrevam, por duas razões: a primeira, para ter aberto o caminho para vender a Cemig, a Copasa e a Codemig. São três empresas estatais que vêm sendo desgastadas na sua importância social e econômica, através de um danoso corte de investimentos na sua manutenção, o que também definha as possibilidades de seu crescimento. Incapazes e incompetentes na prestação de seus serviços, a sua privatização terá o apoio da sociedade.
Outra questão é que essa adesão ao RRF vai tirar os holofotes do volume acumulado da dívida de Minas, que cresceu R$ 50,3 bilhões no Governo Romeu Zema, chegando a R$ 173 bilhões. Onde foi parar esse dinheiro, se tudo falta no Estado, nada funciona, não há nenhum projet o novo, nem estradas, nem hospitais, nem escolas. Onde está o dinheiro, Governador, se nem à União Minas pagou?
Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG