Por Jeferson Miola/DCM
Dia sim e outro também a Folha de São Paulo leva a cabo o jornalismo de guerra contra o presidente Lula e o governo dele.
Por dois dias consecutivos o jornal dedicou a prestigiada página A4, da política nacional, para bombardear gratuitamente Lula e, de maneira sórdida, implicá-lo com milícias e corrupção.
Na edição de 5ª feira, 9/11, a matéria da página A4, ao lado do Painel da Folha, tinha como manchete: “PF vê relação criminosa em mensagens entre ministro de Lula e empresário”.
A reportagem se refere à apuração da Polícia Federal sobre envolvimento do ministro Juscelino Filho em esquemas de corrupção com verbas do orçamento secreto.
Não há, em toda reportagem, a menção a um único fato que possa vincular o presidente Lula e seu governo com as maracutaias do Juscelino, que é bancado no cargo pelo bando extorsionário chefiado por Arthur Lira.
Apesar disso, a manchete da Folha deixa no ar uma insinuante sugestão de “relação criminosa” do próprio Lula com o ministro implicado em crime de corrupção.
E, ato contínuo, o exército do jornalismo de guerra do jornal O Globo repercute a “notícia” da Folha: “PF vê ‘relação criminosa’ entre ministro de Lula e empresário e encontra mensagens com contas para pagamento, diz jornal”.
Na edição de 6ª feira, 10/11, novamente a manchete da página A4 da Folha insinua vínculo do Lula com ações criminosas: “Milícia cresce com apoio de políticos como Bolsonaro e ex-ministra de Lula no Rio”.
Neste caso, a vilania da Folha é robustecida com a calhordice de insinuar aliança de Lula com o notório chefe do clã miliciano na expansão das milícias no Rio. A contração do texto da manchete leva ao subtexto malicioso “Milícia cresce com ex-ministra de Lula”.
Ora, o que Lula tem a ver com as milícias do Rio e com o envolvimento da Daniela Ribeiro e seu marido, o Waguinho, com o mundo do crime? Absolutamente nada!
100% das torcidas do Flamengo, do Fluminense, do Botafogo, Vasco, América, Bangu, Macaé, Friburguense, Madureira e dos demais times cariocas sabem disso. E sabem, também, que Bolsonaro, sim, tem laços orgânicos com aquele submundo.
E a Folha também sabe disso; mas optou, como faz sempre, pela rotina de destruição de reputação e de ataques vis a Lula.
O antipetismo e o antilulismo que alimentaram o lavajatismo e o bolsonarismo foram fertilizantes da expansão da extrema-direita e da escalada do fascismo no Brasil.
Este processo de fascistização que continua ameaçando a democracia brasileira não se desenvolve sem o papel nefasto que a Folha e os demais grupos da mídia hegemônica desempenham na produção e disseminação de ódio, preconceito e estigmatização contra Lula, o PT e as esquerdas.
A Folha, assim como toda mídia quejanda, emprega armas de precisão semiótica para destruir o maior líder popular da história do Brasil e um dos principais líderes da história mundial.
O alvo, porém, desta guerra suja contra o factual; contra a verdade e a realidade, poderá ser a própria democracia brasileira, que continua seriamente ameaçada.
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