O tratamento que Javier Milei dispensará a Jair Bolsonaro dependerá se Lula vai comparecer ou não à sua cerimônia de posse como presidente da Argentina, afirmou a colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo no UOL News desta segunda (4).
O Bolsonaro será tratado muito de acordo com a decisão do Lula de ir ou não [à posse de Milei]. A prioridade está sendo dada ao Lula, que é o presidente eleito e tem a caneta na mão. Se o Lula decidir ir, Bolsonaro vai para o alto da galeria do Congresso. Se Lula decidir que não vai, pode ser que Bolsonaro consiga um encontro ou algo assim.
Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo
Está tudo em suspenso até a decisão do Lula. Resolvendo ir, tudo muda. Só não muda o risco de Lula levar uma vaia. Precisava ver até que ponto Milei também controla a torcida dele. Já vimos cenas curiosas no Brasil. Quando Lula fechou acordo com Alckmin para ser seu vice, ele [Alckmin] foi vaiado pelo PT quando subiu no palanque. Era um risco comprado e não tinha como evitar. Agora, o Lula pode evitar.
A visita de Geraldo Alckmin a João Doria, registrada pelo ex-prefeito de São Paulo em suas redes sociais, transmite à população a mensagem de que a política é uma farsa. A análise é do colunista Josias de Souza, que relembrou os embates entre ambos quando faziam parte do PSDB.
É preciso haver uma compostura. Não houve recomposição pública, ninguém pediu perdão a ninguém. Isso estimula as pessoas a acreditarem que a política é mesmo o território da farsa, e que ela não deve ser levada a sério, muito menos os seus protagonistas. Não ajuda. Esses encontros fortuitos depois de brigas irreconciliáveis não fazem bem à política. Josias de Souza, colunista do UOL
Com informações do UOL.
Foto: Ricardo Stuckert (PR).