Juanita Castro, a irmã mais jovem entre os ex-líderes cubanos Fidel e Raúl e opositora de suas políticas por décadas, morreu na nessa segunda-feira (4), aos 90 anos, em Miami, nos Estados Unidos, conforme anunciado por uma jornalista próxima à família.
Maria Antonieta Collins, autora das memórias da falecida, expressou seu pesar: “Hoje, perdemos Juanita Castro, uma mulher notável, uma incansável defensora da causa de sua amada Cuba.” Juanita vivia em Miami desde a década de 60.
Após romper com Fidel e Raúl em 1964, devido a divergências sobre os rumos da Revolução, Juanita deixou Cuba e se exilou em Miami, onde denunciou publicamente as ações de seus irmãos à frente do país e colaborou até com a CIA, sob o pseudônimo “Donna”, em planos para derrubá-los, confessados por ela mesma.
Na Flórida, Juanita Castro abriu uma farmácia e lá trabalhou por décadas, enfrentando o desafio de ser irmã de líderes cubanos e membro do exílio.
Em suas memórias, intituladas “Fidel e Raúl, meus irmãos – a história secreta”, ela compartilhou seu sofrimento: “Sem dúvida, sofri mais do que o restante do exílio porque em nenhum lugar da estreita Flórida encontro descanso, e poucos compreendem o paradoxo da minha vida.”
Conforme relatado pela Univisión, Juanita Castro morreu de causas naturais em um hospital de Miami. Sua irmã Emma e a família pediram privacidade neste momento doloroso, anunciando que não haverá entrevistas e que o funeral será privado, seguindo o desejo dela, como informado por Maria Antonieta Collins em sua publicação no Instagram.
Com informações do Diário do Centro do Mundo.
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