A coluna Painel da Folha de S. Paulo informa nesta segunda-feira, 1º, que aliados de Jair Bolsonaro continuam céticos quanto a um eventual apoio incondicional do ex-presidente da República à candidatura à reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
“A expressão que eles têm utilizado para descrever o acerto é ‘fechou, mas não trancou’, ou seja, Bolsonaro ainda pode mudar de ideia”, informa o jornal.
“Para sustentar o argumento, eles afirmam, primeiramente, que Bolsonaro não anunciou o apoio. Até o momento, ele foi comentado apenas por Valdemar em nome do ex-presidente”, acrescenta.
Em 2023, Jair Bolsonaro defendeu publicamente a candidatura do deputado federal Ricardo Salles (PL); outro que tem a simpatia do ex-mandatário é o secretário de Segurança Pública de Tarcísio de Freitas, Guilherme Derrite. Derrite também foi deputado federal.
Nos bastidores, Bolsonaro cobra de Nunes um aceno mais incisivo ao bolsonarismo. Ele pede que o prefeito de São Paulo defenda claramente as bandeiras do bolsonarismo e que Nunes transfira para a ala alinhada ao ex-presidente algumas decisões de campanha.
Nunes resiste.
O prefeito de São Paulo faz uma espécie de jogo duplo. Publicamente, pede o apoio de Jair Bolsonaro; nos bastidores, ignora o ex-chefe de Poder Executivo e negocia o palanque com a ala pragmática do PL em São Paulo: mais precisamente com o presidente da bancada paulista na Câmara, o deputado Antônio Carlos Rodrigues.
“Eles [aliados de Bolsonaro] lembram da volatilidade do ex-presidente. O caso mais emblemático aconteceu na disputa pelo governo do Mato Grosso do Sul em 2022, quando Bolsonaro anunciou durante um debate em rede nacional que seu candidato era Capitão Contar (PRTB), sendo que na época ele e a então ministra Tereza Cristina (PP-MS) vinham fazendo campanha para Eduardo Riedel (PSDB)”, lembra o jornal.
Pelo jeito, muita coisa ainda há de acontecer em São Paulo. E 2024 está apenas começando.
Com informações do OAntagonista.
Foto: Alan Santos/PR.