O tiro que matou Maria de Fátima Muniz, a Nega Pataxó, foi disparado por um jovem de 19 anos, filho de um fazendeiro local, segundo as autoridades. O crime aconteceu no último domingo (21) durante um ataque de fundiários a integrantes do povo Pataxó Hã Hã Hãe, em Potiraguá, na Bahia.
Além da morte de Nega Pataxó, outros seis indígenas foram feridos por disparos de arma de fogo, enquanto um fazendeiro foi atingido por uma flecha durante o conflito próximo à Terra Indígena Caramuru-Paraguassu.
Dois homens foram presos em flagrante sob suspeita de homicídio e tentativa de homicídio. O jovem de 19 anos, apontado como o autor do disparo fatal, e um policial reformado de 60 anos, que também teria efetuado disparos. Seus nomes não foram divulgados.
Exames balísticos identificaram compatibilidade entre o projétil retirado do corpo da vítima e uma das armas apreendidas no dia do crime, que estava em posse do jovem fazendeiro. O delegado Roberto Júnior, diretor regional de Polícia do Interior das regiões sul e sudoeste da Bahia, considera o assassinato de Nega Pataxó elucidado. Os dois suspeitos tiveram suas prisões em flagrante convertidas em prisão preventiva. A competência do caso é da Justiça Federal.
Com informações do Diário do Centro do Mundo.
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