O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo; foto), defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro contra o que chamou de “interesses políticos” da Justiça.
Ele deu a declaração em entrevista ao Estadão, publicada neste sábado, 2 de março.
Questionado sobre a investigação da Polícia Federal da qual Bolsonaro é alvo, que apura a suposta tentativa de golpe após a derrota do ex-presidente nas urnas em 2022, Zema disse temer “alguma parcialidade”.
“Eu sou favorável a toda investigação. Eu sempre falo que quem não deve, não teme. Eu só temo que possa haver alguma parcialidade. Aí é que está a questão”, disse o governador mineiro.
“A Justiça no Brasil, no meu entender, tem demonstrado que muitas vezes tem julgado de acordo com interesses políticos e não de acordo com a lei. E isso me parece que ficou bastante acentuado nesses últimos catorze meses”, acrescentou.
Zema insistiu na questão da parcialidade: “Eu só temo que possa haver alguma parcialidade. Aí é que está a questão. A Justiça no Brasil, no meu entender, tem demonstrado que muitas vezes tem julgado de acordo com interesses políticos e não de acordo com a lei”.
13º salário
Na mesma entrevista, Zema respondeu a provocação feita pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Em passagem pelo estado nesta semana, Padilha disse que “tem muita gente que fala, mas não resolve, não apresenta soluções”.
Padilha se referia à dívida pública mineira com a União. “O presidente Lula vai provar mais uma vez que é o presidente que mais cuida, mais traz investimentos e resolve problemas históricos de Minas Gerais. O presidente, provocado pelo presidente do senado, Rodrigo Pacheco, pela bancada federal, pela bancada da Assembleia Legislativa de oposição ao governador, recebeu uma proposta de solução para a dívida”, comentou o ministro, antes de provocar Zema.
O governador mineiro respondeu assim: “Eu vejo que talvez ele não esteja a par do que acontece em Minas. Não sei se ele conversou com prefeitos e tem conhecimento de que, no passado, quando o partido dele governava Minas, os prefeitos não recebiam o repasse do ICMS, do IPVA, do Fundeb e da saúde”.
Com informações do O Antagonista.
Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG.