Belo Horizonte foi nomeada uma “Cidade Árvore” pelo “Tree Cities of The World”, programa internacional criado para reconhecer cidades comprometidas com o plantio e preservação de árvores e florestas urbanas ao redor do mundo. A iniciativa é ligada à Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura e à organização americana Arbor Day Foundation.
O Secretário Interino de Meio Ambiente e Presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, Gelson Leite, disse que a secretaria recebeu esta notícia com entusiasmo. “Eu acredito que esse reconhecimento é importante até mesmo nesse momento, onde há uma grande mobilização da opinião pública sobre a questão das árvores das cidades”, explica.
Além da capital mineira, outras 33 cidades brasileiras foram reconhecidas pela edição mais recente da iniciativa, incluindo Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Qualquer cidade pode se inscrever para o programa, que avalia cinco critérios para a aprovação.
Entre eles, a cidade deve possuir um departamento responsável pelo cuidado das árvores do município, além de uma legislação ou política oficial que dê diretrizes para o manejo de florestas e árvores. Em BH, esse papel cabe ao Conselho Municipal do Meio Ambiente (COMAM), formado por representantes do executivo, da Câmara Municipal e da sociedade civil.
A cidade também precisa possuir um levantamento sobre os seus recursos arbóreos, como um catálogo de árvores da cidade. Em 2011, a prefeitura de BH iniciou um inventário das árvores, mas o recenseamento ainda não foi concluído – a estimativa é de que a cidade tenha 500 mil árvores.
Por meio deste inventário, inclusive, foi identificado que BH possui 530 espécies diferentes de indivíduos arbóreos (árvores, arbustos e palmeiras), termo técnico que descreve as árvores, arbustos e palmeiras. As espécies mais presentes na cidade são as sibipirunas, quaresmeiras, escomilhas africanas, aroeiras, oitis e magnólias amarelas.
Outra condição é que o orçamento anual do município tenha verbas destinadas para o manejo de árvores. Por fim, o último critério é celebrar as árvores todos os anos e conscientizar moradores e servidores sobre a importância da arborização urbana.
O secretário defende que o fato de Belo Horizonte ter cumprido a lista de requisitos para ser considerada uma “Cidade Árvore” atestaria que o trabalho da Secretaria de Meio Ambiente é feito por técnicos e engenheiros qualificados. “O nosso trabalho com as árvores não é um manejo de senso comum. É um manejo baseado na ciência e na técnica”, afirma Leite.
O secretário finaliza finaliza defendendo o trabalho do corpo técnico do município, em especial dos profissionais que fazem o trabalho de corte de árvores. “A prefeitura não quer fazer supressão de árvores. O que a gente quer é ter o cuidado com as árvores. E elas são seres vivos, elas nascem, vivem e morrem. É preciso fazer uma manutenção, é preciso ter uma gestão e um manejo”.
Com informações do Estado de Minas.
Foto: Túlio Santos/EM/D.A Press.