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Venezuela: Amorim diz que eleição foi “sem incidentes” e pede respeito ao resultado

29 de julho de 2024, 07h55 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, expressou seu contentamento neste domingo (28) ao comentar que a eleição na Venezuela ocorreu “com tranquilidade e sem incidentes”. Amorim esteve em Caracas para acompanhar o pleito e se encontrou com membros do governo venezuelano. A divulgação dos resultados eleitorais está prevista para ocorrer entre a noite deste domingo e a madrugada de segunda-feira (29).

“Estou acompanhando de perto o processo eleitoral na Venezuela. Ainda há mesas de votação abertas. É motivo de satisfação que a jornada tenha transcorrido com tranquilidade, sem incidentes significativos. Houve uma participação expressiva do eleitorado”, afirmou Amorim em uma nota.

“Estou em contato com diferentes forças políticas e analistas eleitorais, além de membros da equipe de observadores do Centro Carter e do Painel de Especialistas da ONU. O presidente Lula tem sido informado ao longo do dia. Vamos aguardar os resultados finais e esperamos que todos os candidatos respeitem os resultados”, completou ele.

Na noite de sexta-feira (26), Amorim se encontrou com o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil. Gil afirmou nas redes sociais que o encontro foi “cordial” e que discutiram a “importância das eleições e o clima de paz na Venezuela”. Ele também elogiou a “organização impecável do processo” pelo Poder Eleitoral venezuelano, classificando-o como “um dos mais transparentes e seguros do mundo”.

As urnas começaram a ser fechadas em toda a Venezuela às 19h (18h, horário de Brasília) deste domingo (28), dia das eleições presidenciais decisivas. No entanto, muitas seções ainda tinham longas filas, o que pode prolongar a votação.

Mais de 21,3 milhões de venezuelanos estavam aptos a votar, mas cerca de 4,5 milhões vivem no exterior, onde apenas 69,1 mil foram autorizados a votar. Assim, o total estimado de eleitores é de 16,8 milhões, já que o voto não é obrigatório.

O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, afirmou mais cedo que o dia de eleições foi pacífico e “sem contratempos”. No entanto, alguns incidentes foram relatados.

Uma mulher foi baleada em um local de votação no estado de Monagas por um grupo de motoqueiros, conforme noticiado pela emissora de TV colombiana Caracol. Ela está fora de perigo.

Em Caracas, os chamados “coletivos de Maduro” — grupos de homens em motos — causaram tumulto em um importante centro de votação, conforme relatado pelo portal argentino Infobae.

Além disso, houve denúncias de notícias falsas, supostamente espalhadas por apoiadores do presidente Nicolás Maduro, que busca a reeleição. O principal adversário dele, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia, alegou que estavam circulando “dados falsos”, sem entrar em detalhes.

Um jornal favorável ao regime de Maduro publicou uma pesquisa de boca de urna indicando vitória do chavista, apesar de a lei venezuelana proibir sondagens na data do pleito.

Não há boletins preliminares de apuração na Venezuela. O resultado final deve ser anunciado no início da madrugada de segunda-feira (29). Começarão então as auditorias para verificar se o número de votos nas urnas corresponde ao total de eleitores presentes. Os fiscais habilitados de cada partido poderão acessar as atas dessa verificação.

Espera-se que a posse ocorra apenas em 10 de janeiro de 2025.

Com informações do Diário do Centro do Mundo.
Foto: Reprodução.

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