O governo brasileiro condenou o ataque aéreo do exército israelense que atingiu uma escola e deixou ao menos 100 mortos e dezenas de feridos na cidade de Gaza.
Em nota publicada na noite desse sábado (10/8), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) condena a ação “nos mais fortes termos” e lamenta que o governo israelense continue “adotando medidas que levam à escalada do conflito”.
“Nesse contexto, o Brasil conclama as partes à imediata e plena implementação do plano de cessar-fogo aprovado pela Resolução 2735 (2024) do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, pede a nota do governo.
O ataque à escola aconteceu no início da manhã de sábado. De acordo com a agência de notícias oficial da Palestina, o local era ocupado por famílias desabrigadas. Os moradores faziam uma oração no momento da ofensiva.
Veja a nota completa:
O governo brasileiro condena, nos mais fortes termos, novo ataque aéreo, realizado hoje, dia 10, pelo exército israelense, a infraestrutura civil abrigando deslocados na Faixa de Gaza. O bombardeio, que atingiu a escola de Al-Tabin, na cidade de Gaza, deixou dezenas de mortos e feridos, incluindo mulheres e crianças.
O Brasil expressa profunda solidariedade às famílias das vítimas, ao governo e ao povo do Estado da Palestina.
Recorda a exigência, de acordo com o Direito Internacional Humanitário, de que Israel atue com base no princípio da proporcionalidade, tomando as medidas necessárias para proteger a população civil nos territórios ocupados. O desrespeito a esse princípio tem sido recorrente nas operações militares israelenses na Faixa de Gaza nos últimos dez meses.
O Brasil deplora que, em meio a esforços de negociações para acordo que assegure cessar-fogo, libertação dos reféns e acesso desimpedido ao auxílio humanitário em Gaza, o governo israelense siga adotando medidas que levam à escalada do conflito e afastam ainda mais os povos da região do alcance da paz.
Nesse contexto, o Brasil conclama as partes à imediata e plena implementação do plano de cessar-fogo aprovado pela Resolução 2735 (2024) do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Com informações do Metrópoles.
Foto: Hassan Jedi/Anadolu via Getty Images.