Por Hoje em dia / Blog do Lindenberg
Vai ser boa a disputa entre o prefeito Fuad Noman (PSD), que nas pesquisas iniciais começa a aparecer à frente de seu oponente, Bruno Engler (PL), na disputa pelo segundo turno na capital. Candidato à reeleição, Fuad tem 48% dos votos contra 41% do candidato que é membro da Assembleia Legislativa. Realizada pelo Datafolha, essa é a primeira pesquisa eleitoral sobre a disputa após o primeiro turno das eleições de domingo último.
A rejeição de Bruno Engler é de 48%, enquanto a de Fuad é de 39%, o que projeta um resultado apertado entre os dois. Isso mesmo: quase metade dos eleitores de Belo Horizonte dizem que não votarão no deputado estadual Bruno Engler “de jeito nenhum”. A mesma resposta foi dada por 39% dos eleitores quando a pergunta feita era sobre o atual prefeito Fuad Noman. Os votos em branco, nulo ou em nenhum dos dois candidatos correspondem a 8% dos entrevistados e 4% estão indecisos.
Contudo, essa recente pesquisa do Datafolha revela uma inversão do cenário observado nas urnas eletrônicas do último domingo. No primeiro turno, Bruno Engler saiu vitorioso com 34,38% dos votos válidos e Fuad teve 26,54%. A diferença entre ambos foi de quase 100 mil votos, o que poderia mostrar um resultado no segundo turno inteiramente diferente do que o levantamento recente parece apontar.
A preferência de eleitores pelo nome do atual prefeito de Belo Horizonte também é refletida na pesquisa espontânea feita pelo Datafolha – quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados. Fuad foi citado por 35% dos eleitores e Bruno Engler por 31%. Outros 19% ainda se dizem indecisos.
Fuad, de qualquer forma, acha que na verdade quem tem tempo para participar de debates é quem não trabalha, numa alusão ao seu adversário Bruno Engler. “Quem tem tempo para participar de debates não trabalha”, acusou Fuad. Numa indireta ao seu oponente Bruno Engler.
Para Fuad, o mau desempenho de Tramonte nas urnas– ele que chegou a liderar as pesquisas – tem a ver com uma suposta traição do ex-prefeito Alexandre Kalil, que se aliou ao governador Romeu Zema num possível golpe do ex-prefeito Kalil.
Contudo, tudo isso pode não passar de fofocas de campanha e podem até apresentar um resultado oposto à atual situação tanto de Kalil como de Zema. Atualmente, Zema conversa com Fuad e Engler sobre o apoio no segundo turno das eleições. Kalil, no entanto, poderá atrapalhar esse concerto entre as diversas correntes em que se divide a orquestração que se monta nesse momento. O que vai depender nessa situação talvez seja a proposta de Rogério Correia, que já declarou seu apoio incondicional a Fuad Noman.
Por fim, ainda nesta semana, o senador Cleitinho ( Republicanos-MG) manifestou-se contra a flexibilização da Lei da Ficha Limpa, argumentando que ela poderia beneficiar Eduardo Cunha e Sérgio Cabral. O senador defendeu a manutenção da legislação, que se mantida, pode até mesmo garantir que políticos corruptos nunca mais disputem eleições.