Home Política Eduardo Bolsonaro teme apreensão de passaporte e acusa Moraes de conluio com PT e PGR

Eduardo Bolsonaro teme apreensão de passaporte e acusa Moraes de conluio com PT e PGR

3 de março de 2025, 17h33 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou acreditar que seu passaporte será confiscado por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele também acusou o magistrado de atuar em conluio com o PT, partido do presidente Lula, e com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

No último sábado (1°), Moraes determinou que a PGR se pronuncie sobre um pedido dos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG), que solicitaram a investigação de Eduardo Bolsonaro e a retenção de seu passaporte. Os parlamentares alegam que o deputado teria cometido crimes contra a soberania nacional ao supostamente incentivar retaliações contra o Brasil e o próprio ministro do STF durante suas viagens aos Estados Unidos. Além disso, ele é acusado de tentar pressionar o Poder Judiciário brasileiro.

No domingo (2), ao ser questionado sobre o assunto, Eduardo Bolsonaro declarou que há um “acordo prévio” entre Moraes, o PT e a PGR e que é “muito provável” que seu passaporte seja apreendido. Segundo ele, essa medida facilitaria um eventual monitoramento e abriria caminho para um possível mandado de prisão.

“O PT constrói a narrativa, Alexandre de Moraes assume o caso sob o argumento de que se trata de mais um episódio ligado ao 8 de Janeiro, envia para a Procuradoria-Geral da República e, depois, orienta o Paulo Gonet a aceitar o pedido para que não pareça que sou apenas eu sendo perseguido”, disse Eduardo em entrevista ao canal Programa 4 por 4, no YouTube.

O deputado também afirmou que a apreensão de seu passaporte teria o objetivo de impedi-lo de assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados.

“Quando Lula assina um acordo internacional, para que ele passe a valer no Brasil, é necessário o aval do Congresso. O primeiro local onde esse tratado será analisado na Câmara é na mesa do presidente da Comissão de Relações Exteriores”, explicou.

Nos últimos meses, Eduardo tem viajado com frequência aos Estados Unidos, onde se reuniu com aliados de extrema direita e fez declarações contra o governo brasileiro. Suas movimentações ocorrem em um momento em que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi denunciado pela PGR por tentativa de golpe de Estado e pode se tornar réu no STF. Caso assuma o comando da Comissão de Relações Exteriores, Eduardo poderá usar o colegiado como plataforma para fortalecer pautas da direita global.

Foto: Reprodução.

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário