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Bolsa embala mais uma alta e dólar recua novamente neste fim de semana O dólar recuou 1,00%, fechando a R$ 5,74, enquanto o Ibovespa saltou 2,64%, alcançando seu maior nível no ano. Na véspera, o índice já havia avançado 1,43%.

14 de março de 2025, 20h27 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O otimismo dominou os mercados de câmbio e ações nesta sexta-feira (14/3). O dólar encerrou o dia com queda de 1,00%, sendo negociado a R$ 5,74, após ter chegado a recuar 1,43% ao longo do pregão, atingindo R$ 5,71. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira (B3), avançou 2,64%, alcançando 128.957 pontos, seu maior nível no ano. No dia anterior, o indicador já havia mostrado forte recuperação, com alta de 1,43%.

O desempenho positivo refletiu o movimento favorável nos mercados globais. No final da tarde, o índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de seis moedas de economias desenvolvidas, registrava queda de 0,09%. Outras moedas de países emergentes, como o peso mexicano, também se valorizaram.

Os mercados acionários internacionais seguiram a mesma tendência de alta. Na Europa, os principais índices fecharam em território positivo: o Stoxx 600, que reúne empresas de 17 países da União Europeia, avançou 1,11%; o FTSE 100, da Bolsa de Londres, subiu 1,05%; e o DAX, de Frankfurt, registrou ganho de 1,86%.

O impulso nas bolsas europeias foi, em parte, atribuído a relatos de que Friedrich Merz, futuro chanceler da Alemanha, chegou a um acordo com o Partido Verde para investimentos em infraestrutura e defesa. Apesar da recuperação desta sexta, o mercado acionário europeu acumulou perdas na semana, impactado pelas ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor novas tarifas sobre importações.

Wall Street acompanha o ritmo
Nos Estados Unidos, os índices de Nova York também operaram em alta. Às 15h30, o Dow Jones subia 1,30%, enquanto o S&P 500 avançava 1,60%. Já o Nasdaq, influenciado pelas empresas de tecnologia, tinha alta de 2,00%. Analistas apontam que a recuperação dos mercados americanos foi impulsionada pelo alívio nas tensões comerciais, já que Trump amenizou sua postura sobre tarifas ao longo do dia.

China injeta ânimo no mercado
Outro fator que contribuiu para o otimismo global foi o anúncio de novas medidas na China. O governo determinou que os bancos ampliem o financiamento ao consumo e incentivem o uso de cartões de crédito, como parte de um plano para estimular os gastos da população.

A perspectiva de uma economia chinesa mais aquecida tem um efeito positivo sobre os mercados internacionais, especialmente para países emergentes exportadores de commodities, como o Brasil. “O mercado está de olho em possíveis novas medidas de estímulo por parte de Pequim”, afirma João Vitor Saccardo, responsável pela mesa de renda variável da Convexa Investimentos.

Petrobras e Vale puxam o Ibovespa
Na Bolsa brasileira, os papéis de maior peso no Ibovespa apresentaram forte valorização, impulsionando o índice. Às 16h, as ações da Petrobras subiam 4,27%, enquanto as da Vale avançavam 3,10%, refletindo a alta nos preços do petróleo e do minério de ferro no mercado global.

O setor bancário também registrou ganhos expressivos: o Itaú viu seus papéis subirem 3,64%, enquanto os do Bradesco avançaram 3,65%. Além do cenário externo favorável, os investidores repercutiram dados positivos sobre as contas públicas brasileiras. Segundo o Banco Central, o setor público consolidado – que inclui governo federal, estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras – registrou um superávit primário de R$ 104,096 bilhões em janeiro, o maior da série histórica iniciada em 2002.

Foto: Getty.

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