Home Belo Horizonte Protesto na Praça 7 exige justiça para Clara Maria, jovem vítima de assassinato brutal

Protesto na Praça 7 exige justiça para Clara Maria, jovem vítima de assassinato brutal O corpo de Clara foi encontrado enterrado em concreto em uma casa no bairro Ouro Preto, em Belo Horizonte.

15 de março de 2025, 17h43 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

Movimentos sociais, amigos e familiares de Clara Maria, jovem de 21 anos brutalmente assassinada no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, realizaram um protesto na manhã deste sábado (15) na Praça 7, no centro da capital mineira. A mobilização cobra justiça pelo crime e denuncia a violência contra a mulher.

A manifestação foi organizada pelos coletivos feministas “Pão e Rosas” e “Faísca Revolucionária” e reuniu centenas de pessoas. Os participantes exibiam cartazes com mensagens como “Chega de feminicídio. Justiça por Clara”. Durante o ato, palavras de ordem foram entoadas e discursos emocionados deram voz à indignação e à dor diante do assassinato.

O protesto também contou com a presença de representantes de sindicatos e entidades estudantis, que se uniram ao apelo por justiça para Clara Maria. O crime gerou grande comoção na cidade e reacendeu o debate sobre a escalada da violência contra as mulheres. A jovem foi morta de forma brutal por dois homens, que tiveram a prisão mantida pela Justiça mineira. Os suspeitos, de 27 e 29 anos, passaram por audiência de custódia na sexta-feira (14) e tiveram a detenção convertida em preventiva.

Corpo encontrado concretado
O corpo de Clara Maria foi localizado na quarta-feira (12) dentro de uma casa na rua Frei Leopoldo, no bairro Ouro Preto. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, ela foi morta na noite de domingo (9), logo após sair do trabalho.

Três homens chegaram a ser detidos como suspeitos do crime, e onze pessoas foram ouvidas. Dois dos suspeitos confessaram a autoria do homicídio e seguem presos. O terceiro, de 34 anos, prestou depoimento e foi liberado. Nenhum dos envolvidos possuía antecedentes criminais.

O caso
De acordo com o Boletim de Ocorrência, testemunhas relataram que Clara trabalhava em uma padaria e deixou o serviço por volta das 22h de domingo (9). Ela teria ido ao encontro de um dos suspeitos, dono da residência onde seu corpo foi encontrado, para cobrar um pagamento de R$ 400 que havia emprestado a ele.

Desde então, a jovem não foi mais vista. Já na madrugada de segunda-feira (10), por volta de 2h50, uma testemunha recebeu uma mensagem enviada do celular de Clara Maria. No entanto, estranhou a forma como o texto estava escrito e decidiu acionar a polícia.

Na quarta-feira (12), agentes da Polícia Civil foram até a casa do suspeito. Antes mesmo de entrarem, sentiram um forte odor. O homem autorizou a entrada dos policiais e, inicialmente, negou qualquer envolvimento no crime. No entanto, acabou confessando posteriormente e revelou a participação de outros dois homens.

O corpo de Clara foi encontrado enterrado no local na manhã de quinta-feira (13). Segundo o Corpo de Bombeiros, ele estava coberto por uma camada de concreto ainda úmida, o que indicava que a mistura havia sido feita pouco antes da chegada das autoridades.

Foto: Maurício Vieira/Hoje em Dia.

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