O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi alvo de piadas durante um jantar promovido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na noite de terça-feira (18/3), em seu apartamento, em Brasília.
O evento, conforme divulgado pela coluna, foi organizado por Moraes para homenagear Rodrigo Pacheco (PSD-MG) pelo período em que esteve à frente da presidência do Senado. A confraternização reuniu diversas autoridades dos Três Poderes.
Entre os presentes estavam o vice-presidente Geraldo Alckmin; os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP); além do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Dos 11 ministros do STF, sete participaram do encontro, além de Moraes. Entre eles estavam Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Edson Fachin, Nunes Marques, Luiz Fux e Flávio Dino.
De acordo com relatos de pelo menos três fontes que estavam no jantar, em um grupo de conversa, Eduardo Bolsonaro foi chamado de “frouxo” e também pelo apelido de “bananinha”, termo frequentemente utilizado por seus adversários políticos.
A alcunha “bananinha” tem origem em uma declaração do então vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), dada em 2020, quando Eduardo Bolsonaro acusou a China de ser responsável pela disseminação do coronavírus. Na ocasião, Mourão minimizou as falas do deputado, afirmando que ele não representava o governo e ironizando seu sobrenome.
“O Eduardo Bolsonaro é um deputado. Se o sobrenome dele fosse Eduardo Bananinha, não teria problema nenhum. Só por causa do sobrenome. Ele não representa o governo. Não é a opinião do governo. Ele tem algum cargo no governo?”, declarou Mourão ao jornal Folha de S. Paulo.
O jantar promovido por Moraes
O encontro ocorreu poucas horas depois de Eduardo Bolsonaro anunciar que tiraria uma licença não remunerada da Câmara para passar um período nos Estados Unidos, alegando temer que seu passaporte fosse apreendido por determinação de Moraes.
O ministro do STF, no entanto, havia rejeitado, ainda na tarde de terça-feira, o pedido apresentado pelo PT para apreender o documento do filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Foto: Igo Estrela/Metrópoles
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