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Papa Francisco será homenageado por aqueles que mais defendia: os pobres O papa adotou esse nome em referência a São Francisco de Assis, símbolo de humildade e dedicação aos pobres.

24 de abril de 2025, 19h32 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O Vaticano informou nesta quinta-feira (24) que um grupo de pessoas em situação de vulnerabilidade estará presente nos degraus da Basílica Papal de Santa Maria Maggiore, em Roma, para prestar a última homenagem ao papa Francisco antes da sua sepultura.

Em comunicado oficial, a Santa Sé destacou que “os pobres ocupam um lugar especial no coração de Deus”, reforçando que esse também sempre foi um princípio central do pontificado de Francisco.

A escolha do nome do papa está diretamente ligada a esse compromisso. Durante o conclave de 2013, logo após ser eleito, o então novo pontífice foi surpreendido por uma frase marcante dita por Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo: “Nunca se esqueça dos pobres”. O gesto emocionou Francisco, que decidiu ali mesmo que adotaria o nome em homenagem a São Francisco de Assis, símbolo de humildade e serviço aos mais necessitados.

“Foi naquele momento que escolhi o nome Francisco”, relatou o papa em seu livro, ao lembrar o episódio e reforçar o vínculo com o santo que viveu em simplicidade e se dedicou aos excluídos.

Funeral e sepultamento
O funeral de Francisco será realizado neste sábado (26), às 10h no horário local (5h em Brasília), com segurança reforçada na região da basílica. O papa manifestou o desejo de ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, e será o primeiro pontífice em cerca de um século a não ser enterrado dentro do Vaticano.

Desejo de simplicidade até o fim
O testamento do papa, assinado em 29 de julho de 2022, deixou registrado seu pedido de um enterro simples, coerente com a linha de humildade que marcou sua vida e pontificado. Francisco solicitou que seus restos mortais fossem depositados em uma sepultura escavada no chão, sem adornos, com uma única inscrição: “Franciscus”.

No mesmo documento, ele dedicou os últimos anos de sua vida e sofrimento à causa da paz e à união dos povos:

“Ofereço ao Senhor a dor presente na parte final da minha vida pela paz mundial e pela fraternidade entre as nações”, escreveu.

Francisco concluiu reafirmando sua devoção à Virgem Maria:

“Confiei minha vida e meu ministério sacerdotal e episcopal à Mãe de Nosso Senhor, Santa Maria. Por isso, desejo que meus restos aguardem a ressurreição na Basílica Papal de Santa Maria Maggiore”.

Foto: Reprodução.

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