A tensão entre Paquistão e Índia atingiu um novo patamar nos últimos dias, com declarações contundentes de autoridades paquistanesas afirmando que o país está completamente preparado para um eventual conflito com o vizinho. O ministro da Defesa do Paquistão declarou que um confronto é inevitável, citando ataques recentes e disputas crescentes em torno de recursos hídricos como principais motivos para a deterioração das relações.
A crise se agravou após uma operação militar indiana ter atingido alvos em território controlado pelo Paquistão, especialmente na região da Caxemira. A justificativa da ofensiva foi uma resposta direta a um ataque ocorrido semanas antes, que deixou dezenas de mortos. A Índia acusa militantes com base no Paquistão de estarem por trás do atentado. Em reação, o governo paquistanês negou qualquer envolvimento e prometeu uma resposta proporcional.
O clima se tornou ainda mais tenso após o anúncio da suspensão de um tratado histórico que regula o uso das águas compartilhadas entre os dois países. A decisão de interromper o fluxo de recursos hídricos foi interpretada por Islamabad como um ato hostil. Como contramedida, o Paquistão fechou seu espaço aéreo para aviões indianos e cancelou autorizações de entrada de cidadãos do país vizinho.
Diante do risco de uma escalada militar entre dois países com capacidade nuclear, vozes internacionais manifestaram preocupação e apelaram por diálogo imediato. Enquanto isso, há relatos contínuos de confrontos e bombardeios na linha de fronteira que separa as áreas administradas por cada país na Caxemira, com registros de vítimas civis dos dois lados.
A situação permanece crítica, e cresce o temor de que um confronto pontual possa evoluir rapidamente para um conflito de maiores proporções, com impactos imprevisíveis para toda a região.
Foto: FAROOQ NAEEM/AFP.