A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com pedido na Justiça Federal nesta quinta-feira (8) para bloquear cerca de R$ 2,56 bilhões em bens pertencentes a doze associações suspeitas de envolvimento em um esquema fraudulento contra aposentados e pensionistas do INSS.
A ação inclui, além do bloqueio patrimonial, a solicitação de suspensão de atividades financeiras dessas entidades, bem como a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos dirigentes responsáveis. O objetivo é garantir a devolução dos valores subtraídos indevidamente e impedir a continuidade das práticas irregulares.
Segundo as investigações, entre 2019 e 2024, aproximadamente R$ 6,3 bilhões foram debitados de forma irregular por meio de mensalidades associativas inseridas sem consentimento nos contracheques de beneficiários da Previdência Social.
As apurações ganharam força após a deflagração de uma operação conjunta que cumpriu centenas de mandados de busca e apreensão em diversas regiões do país. Durante a ação, documentos, computadores e provas que indicam um esquema organizado para apropriação indevida de recursos previdenciários foram apreendidos.
Como resposta imediata, o governo criou um núcleo especializado com advogados públicos dedicados à recuperação dos valores e à responsabilização judicial das associações envolvidas. Também foram adotadas medidas para facilitar que segurados excluam cobranças indevidas por meio de canais digitais, como o aplicativo oficial da Previdência.
As ações refletem o compromisso em proteger os direitos dos aposentados e pensionistas, reforçando mecanismos de controle e ampliando a transparência na gestão de benefícios. As investigações seguem em andamento, com foco na reparação dos danos causados e na prevenção de novos casos.
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.