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Ministro afirma que esquema de fraudes no INSS começou no governo Bolsonaro

15 de maio de 2025, 15h16 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

Durante uma audiência no Senado nesta quinta-feira (15), o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, declarou que o esquema de fraudes envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) teve origem entre 2019 e 2022, período correspondente à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com o ministro, a brecha que permitiu o avanço das irregularidades foi criada com a revogação da exigência de revalidação anual das autorizações para descontos associativos, implementada por meio de uma medida provisória em 2019, posteriormente convertida em lei em 2022. Essa mudança, segundo Queiroz, facilitou a entrada de empresas suspeitas no sistema — 11 delas, mais tarde, foram classificadas como integralmente fraudulentas.

O titular da pasta afirmou que o esquema foi identificado e encerrado sob o atual governo, após uma operação coordenada pela Advocacia-Geral da União (AGU) em abril deste ano. Ele também reforçou que recebeu orientação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apurar o caso a fundo.

Relatórios da Controladoria-Geral da União indicam que, entre 2017 e 2019, houve aumento significativo nos descontos indevidos em aposentadorias, o que levou a um crescimento nas queixas de beneficiários que negavam ter autorizado os repasses.

Em resposta, o ex-presidente Jair Bolsonaro defendeu a investigação do caso, inclusive em relação ao período de sua administração.

Foto: © Valter Campanato/Agência Brasil.

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