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Lula critica gastos militares e pede mais recursos para o combate à fome

19 de maio de 2025, 18h07 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

Durante o II Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural, realizado nesta segunda-feira (19/5) no Palácio do Itamaraty, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas aos elevados investimentos globais em armamentos. Ele defendeu que parte desses recursos seja destinada à erradicação da fome no mundo.

Lula apontou que, em 2024, o planeta investiu US$ 2,4 trilhões em guerras e equipamentos militares, enquanto milhões de pessoas ainda passam fome. “É lamentável que o mundo tenha desembolsado tanto com conflitos e não demonstre a mesma ousadia para ensinar a plantar e colher o alimento necessário em cada país”, afirmou.

O encontro contou com a presença de ministros da Agricultura da União Africana e aconteceu paralelamente à confirmação do primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. Apesar do impacto do tema para a agricultura nacional, Lula concentrou seu discurso na urgência de uma ação global coordenada contra a fome e em favor do desenvolvimento rural sustentável.

O presidente reforçou que a fome não decorre da falta de alimentos, mas sim de escolhas políticas que mantêm a desigualdade. “A fome é consequência de decisões políticas”, declarou, defendendo políticas públicas e investimentos em agricultura familiar como ferramentas essenciais para garantir o direito à alimentação.

Ele também destacou a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada sob a presidência brasileira do G20, como um esforço internacional para mobilizar recursos e implementar ações concretas voltadas à segurança alimentar.

O evento reafirmou o papel do Brasil como articulador de iniciativas voltadas à cooperação com os países africanos, promovendo solidariedade, desenvolvimento e combate à desigualdade no campo.

Foto: Cadu Gomes/VPR.

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