O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para o dia 9 de junho o início dos depoimentos no processo que apura uma tentativa de golpe de Estado. Entre os oito réus da ação penal está o ex-presidente Jair Bolsonaro, suspeito de liderar articulações para deslegitimar o resultado das eleições e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
O primeiro a ser ouvido será Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, apontado como elo estratégico entre os envolvidos. A sequência dos interrogatórios seguirá ordem alfabética, com o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) sendo o próximo da lista. As oitivas não têm prazo definido para conclusão, pois dependerão da duração e do conteúdo de cada depoimento.
As investigações, conduzidas pela Polícia Federal e acolhidas pela Procuradoria-Geral da República, identificaram mensagens, documentos e declarações que indicam a existência de um plano para romper a ordem democrática. A acusação sustenta que os réus cogitaram o uso de decretos de exceção e tentaram mobilizar setores militares com o objetivo de sustar a transição de governo.
O processo tramita no STF e pode levar à condenação dos envolvidos por crimes como tentativa de golpe, conspiração e abolição violenta do Estado de Direito. O caso é acompanhado de perto por diferentes setores da sociedade, pela gravidade das acusações e pelas possíveis consequências institucionais e políticas.
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