A dívida de Minas Gerais com a União teve um crescimento expressivo nos últimos meses, alcançando R$ 166,7 bilhões — o que representa um salto de 89% em relação ao valor anterior. A alta é atribuída à incidência de juros compostos e correções monetárias acumuladas ao longo dos anos.
Apesar da pressão fiscal, o governo estadual efetuou o pagamento da nona parcela do acordo firmado com o governo federal, no valor de R$ 398 milhões. A quitação segue o cronograma estabelecido enquanto Minas tenta formalizar sua adesão ao Programa de Pleno Pagamento (Propag), que prevê condições mais vantajosas para estados endividados.
O plano permitiria o parcelamento do passivo em até 30 anos, com possibilidade de abatimentos mediante transferência de ativos, como empresas públicas ou receitas futuras. A gestão estadual defende que a medida é essencial para recuperar a capacidade de investimento e manter serviços públicos sem comprometer o equilíbrio fiscal.
A crescente dívida e os esforços para renegociá-la têm mobilizado o Executivo mineiro e reacendido o debate sobre o modelo de federalismo fiscal vigente, que especialistas apontam como um dos principais entraves à sustentabilidade financeira dos estados brasileiros.
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