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Brasil têm políticas insuficientes para a igualdade de gênero, diz TCU Desde 2015, início da vigência da Agenda 2030, seguidas mudanças, decorrentes de fatores econômicos e da falta de priorização do governo federal na temática, implicaram redução de 80% da dotação orçamentária do órgão.

14 de janeiro de 2020, 18h02 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

É o que mostra uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) para avaliar se o país está cumprindo as metas previstas no documento Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 5), estabelecido na Agenda 2030 , das Nações Unidas (ONU).

Divulgado pelo TCU em novembro do ano passado, o documento aponta o descaso governo federal em tratar o tema da igualdade de gênero como algo prioritário. 

“Desde 2015, início da vigência da Agenda 2030, seguidas mudanças, decorrentes de fatores econômicos e da falta de priorização do governo federal na temática, implicaram redução de 80% da dotação orçamentária do órgão e de 42,3% do quadro de pessoal”, afirma a relatora do processo, a ministra do TCU Ana Arraes, no documento.

De acordo com a auditoria, esta baixa no orçamento provocou a redução do quadro de servidores, além de uma redução na execução orçamentária da Secretaria Nacional de Políticas para as mulheres (SNPM), entre 2013 e 2018.

Alguns dos principais pontos a serem implementados pelos países, até o ano de 2030, que foram acertados no Objetivo 5 da Agenda são: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas; acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda parte; garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública e assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva.

Ontem o Blog mostrou que o deputado estadual Jessé Lopes, do PSL de Santa Catarina, foi acusado de machismo após postar em suas redes sociais mensagem contra o movimento ‘Não é Não’ que toda feminismo quer ” direito da mulher de ser assediada”

Na auditoria, o Tribunal constatou que a diferença salarial de gênero vem se mantendo constante no Brasil nos últimos anos.

“As mulheres possuem jornada de trabalho não remunerado superior à dos homens. Essa carga extra de trabalho doméstico aumenta a desvantagem competitiva”, diz o documento.

A fiscalização do TCU identificou ainda a inoperância dos mecanismos de articulação, insuficiência da transparência orçamentária das ações sob a responsabilidade de órgãos setoriais que atuam com o tema e problemas de coordenação entre os ministérios/órgãos federais setoriais e órgãos de coordenação das políticas de gênero.

Com: Congresso em Foco
Foto: Divulgação

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