O secretário especial de Cultura, Roberto Alvim foi exonerado do cargo nesta sexta-feira (17), pouco tempo depois de o Palácio do Planalto dizer que ‘não comentaria’ o polêmico vídeo com referências ao nazismo, divulgado nas redes sociais em canal oficial do governo.
O presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o secretário, após grande repercussão negativa com a mensagem atribuída ao nazismo e de políticos terem pressionado o presidente.
Segundo informações de fontes ligadas ao Blog – que estão próximas de Bolsonaro, disseram que a situação de Alvim já era irreversível ficando “insustentável”.
Políticos como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia também manifestou repúdio.
Em sua conta no twitter Maia disse que o “secretário passou de todos os limites”.
Antes da demissão, Alvim divulgou uma nota em sua conta particular no Facebook na manhã de hoje (17) dizendo que foi “apenas uma coincidência retórica” o uso de uma frase do ministro da propaganda nazista.
O escritor Olavo de Carvalho, apontado como o guru do governo de Jair Bolsonaro destacou que seria ” cedo para julgar, mas o Roberto Alvim talvez não esteja muito bem da cabeça. Veremos”, escreveu.
Na manhã de hoje (17), o Palácio do Planalto afirmou, em nota, que não manifestaria sobre a fala do secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, cujo o pronunciamento apresentou quase idêntica à do ideólogo nazista.
“O próprio (Alvim) já se manifestou oficialmente. O Planalto não comentará”, disse a assessoria de imprensa da Presidência.
Sobre a publicação negativa, o secretário que recebeu centenas de críticas nas redes sociais, atribuiu a um ‘erro de um assessor o texto’ mas não pediu desculpas pelo fato que causou muita repercussão e atos de repúdio.
Foto: Montagem/Divulgaçãoerfil
O dramaturgo Roberto Alvim ganhou a chefia da Secretaria Especial de Cultura, em novembro do ano passado em nomeação do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 daquele mês.
Perfil
O secretário, cujo nome de registro é Roberto Rego Pinheiro, e exercia cargo de diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte (Fundação Nacional de Artes), ganhou a simpatia da ala bolsonarista quando, em setembro de 2019, usou seu Facebook para atacar a atriz Fernanda Montenegro de 89 anos. Na publicação, ele usou palavras como “sórdida” para descrever a atriz.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência
