Home Saúde Caso suspeito de coronavírus está sendo monitorado em BH, diz Ministério da Saúde

Caso suspeito de coronavírus está sendo monitorado em BH, diz Ministério da Saúde Paciente é uma mulher que esteve recentemente na China. Com o aumento do nível de alerta global para transmissão do novo coronavírus, Ministério da Saúde pedirá a atualização de planos de contingência aos estados.

28 de janeiro de 2020, 13h21 | Por Lena Alves

by Lena Alves

O Ministério da Saúde afirmou nesta terça-feira (28), em coletiva de imprensa que exames preliminares apontam mais uma suspeita do caso de coronavírus no Brasil, mas ainda não há registro da circulação do vírus no Brasil.

Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta a paciente apresentou sintomas compatíveis com os da doença. Ela está em isolamento e pessoas próximas da paciente estão sendo acompanhadas.

A paciente é uma estudante de 22 anos que viajou para Wuhan, na China. Ela chegou ao Brasil no dia 24 de janeiro. Se o caso for confirmado, será instalada uma emergência de saúde pública.

Segundo o ministro, o perigo ‘iminente’ se refere pelas características da paciente observada e do aumento da escala da doença no território Chinês que configura a possibilidade do número de infectados aumentar, podendo assim surgir outros casos.

Numa classificação de três, sendo a última de emergência à saúde pública, o Brasil está na categoria ‘ iminente’, mas não temos o vírus confirmado no Brasil e não “há motivo para pânico”, disse o ministro.

Resultado pode sair na sexta

O ministro, disse que prevê para sexta-feira (31) a confirmação sobre a contaminação da brasileira. Ele explicou que os pesquisadores aplicaram o método “metagenômico”, que “olha o vírus, verifica os genes e vê se encaixa com o novo vírus”. ” Esperemos que até sexta-feira a gente consiga confirmar.”

“Nós não temos nenhum caso sustentado de circulação no Brasil. Os dois mais graves eram vírus de resfriados”, disse Mandetta. “Nesse caso, aguardamos a confirmação.”

O Ministério da Saúde informou hoje que já analisou mais de 7.000 rumores de brasileiros infectados pelo coronavírus, 127 precisaram de verificação.

“Nós analisamos 7.020 rumores, 127 exigiram a verificação”, afirmou o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, na entrevista coletiva. Ele confirmou que a brasileira viajou para Wuhan (cidade chinesa epicentro do surto) “até 24 de janeiro”.

Sobre o caso suspeito, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais disse que ela desembarcou na capital mineira na última sexta-feira (24) com problemas respiratórios e febre.

A jovem esteve em Wuhan, cidade chinesa em que o coronavírus começou a se espalhar.

A mulher passou na sexta em uma UPA (Unidade Pronto Atendimento) de Belo Horizonte e foi transferida na noite de ontem  para o Hospital Eduardo de Menezes (HEM).

A instituição, que é referência em tratamentos infecciosos e pertence à Rede Fhemig (Fundação Hospital do Estado de Minas Gerais), segue observando com os exames a evolução do caso.

O caso da jovem, segundo a secretaria, está sendo discutido com o Ministério da Saúde. A identidade da paciente não foi divulgada.

Este é o segundo caso suspeito em menos de uma semana na capital mineira. Na semana passada, uma mulher de 35 anos também chegou de viagem da China e foi internada com sintomas similares aos do coronavírus.

Aumento de território

Autoridades chinesas disseram que o número de mortos no país por causa do coronavírus, já chegou a 106, e que há mais de 4.500 pessoas infectadas. O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus disse que confia na China para evitar uma pandemia, uma epidemia de escala global. A OMS revisou seu relatório anterior sobre o coronavírus, que falava de risco “moderado”. Agora, a agência afirma que o risco é “muito alto” na China e “alto” no resto do mundo. A lenta reação da agência é alvo de fortes críticas de especialistas. A ameaça de uma epidemia global é o grande tema de discussão desta terça-feira no país.

A declaração da OMS de que o risco global de contaminação pelo coronavírus 2019-nCoV é “alto”, admitindo um erro na avaliação anterior, na qual relatou que o risco era “moderado” foi feita ontem.

Em seu último relatório, a OMS revelou que sua “avaliação de risco não mudou desde a última atualização [22 de janeiro]: muito alto na China, alto no nível regional e em todo o mundo”.

O que é o novo coronavírus?

É um novo vírus que tem causado doença respiratória pelo agente coronavírus, com casos recentemente registrados na China. Importante saber que os coronavírus são uma grande família viral, conhecidos desde meados de 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais.

Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.

Foto: Luís Oliveira / MS

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