Morreu na madrugada deste sábado (14), o ex-ministro Gustavo Bebianno, aos 56 anos. Ele estava em sua casa, em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, quando passou mal e sofreu um infarto fulminante. A informação foi confirmada pelo empresário Paulo Marinho, amigo de Bebianno e atual presidente do PSDB no Rio de Janeiro, partido pelo qual Bebianno pretendia disputar a prefeitura do Rio.
Segundo Marinho, por volta de 4h30 Bebianno estava em Teresópolis, no Rio de Janeiro, onde teria ligado comunicado o filho que estava passando mal e se dirigiu ao banheiro para ingerir um remédio. Minutos depois, sofreu uma queda e teve ferimentos na cabeça. Bebianno chegou a ser levado para um hospital da cidade, mas acabou falecendo. Ainda não há informações sobre o velório.
Gustavo foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, foi presidente do PSL, coordenando pessoalmente a campanha vitoriosa de Jair Bolsonaro à Presidência da República. Ficou pouco tempo no cargo, saindo após divergências internas. Bebianno conheceu Bolsonaro em 2017, quando se prontificou a atuar como advogado da campanha.
Segundo o Radar da Revista Veja, Gustavo Bebianno teria deixado uma carta para ser aberta caso sofresse um atentado.
“A paz está selada, mas Gustavo Bebianno é um homem prevenido. Com medo das ameaças que recebeu, ele escreveu cartas para duas pessoas com os nomes de quem estaria interessado em lhe causar algum mal. Se algo acontecer comigo, abram”.
Essa nota da Veja se soma ao vazamento de uma capa da revista IstoÉ, mostrando supostos segredos de Bebianno.
O site Forum vazou a capa da revista IstoÉ anunciando as supostas bombas de Gustavo Bebianno demitido por Jair Bolsonaro
Texto da Forum.
IstoÉ diz que os assuntos envolvem a contabilidade eleitoral da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), “feita pela sua esposa, a advogada Renata Bebianno”, os repasses “milionários” do PSL para as candidaturas nos Estados e os bastidores do processo no STF que evitou que Bolsonaro se tornasse inelegível.
Na mesma capa, uma chamada em destaque logo acima ataca frontalmente o já combalido Flávio Bolsonaro (PSL), o 01 do clã Bolsonaro, dizendo que uma “irmã de milicianos assinava cheques em nome de Flávio Bolsonaro, enquanto a sócia mantinha empresa paralela para administrar candidaturas laranjas”.
A publicação dá sequência à séria de ataques desferidos por Bebianno desde que deixou a presidência e declarou guerra ao clã Bolsonaro. Acusado por Jair Bolsonaro de “mandar” no site O Antagonista, Bebianno já deu entrevistas a veículos conservadores como a revista Crusoé e a rádio Jovem Pan, além de vazar suas conversas de whatsapp para a Veja.
Foto: Fotoarena / Agência O Globo