O Brasil chegou a 553 mortes em razão da pandemia do novo coronavírus, segundo atualização divulgada nesta segunda-feira (6) pelo Ministério da Saúde. O número representa um aumento de 13% em relação a ontem (5), quando foram registrados 486 óbitos.
Em Minas Gerais, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta segunda-feira (6), o número de mortes investigadas no estado por suspeita de terem sido provocadas pelo novo coronavírus aumentou quatro vezes em dez dias, saltando de 28 para 119. O número de casos descartados chegou a 64. Já as mortes confirmadas pela doença no estado chegaram a nove.
São Paulo segue como epicentro da pandemia com mais da metade das mortes de todo o país (304). O estado é seguido por Rio de Janeiro (71), Pernambuco (30), Ceará (29) e Amazonas (19).
Além disso, foram registradas mortes no Paraná (11), Distrito Federal (10), Santa Catarina (10), Rio Grande do Norte (sete), Rio Grande do Sul (sete), Espírito Santo (seis), Goiás (cinco), Paraíba (quatro), Sergipe (quatro), Piauí (quatro), Pará (três), Maranhão (duas), Alagoas (duas), Rondônia (uma), Roraima (uma), Mato Grosso (uma) e Mato Grosso do Sul (uma).
Já o número de casos passou a casa dos 12 mil (12.056). O número marca um crescimento de 8% em relação a ontem, quando o balanço do Ministério da Saúde marcou 11.130. A taxa de letalidade do país ficou em 4,4%.
No balanço de hoje, foram 67 novas mortes, índice menor do que em dias anteriores. Contudo, o ritmo avança. Há uma semana (30/3), o número de mortes estava em 159. No período, a elevação do total foi de 350%. Já os casos confirmados somavam 4.579 há sete dias, o que representou um avanço de 263% até o resultado de hoje, que tem 12.056 casos.
Já o número de novos casos confirmados foi de 926, menor do que em outros dias da semana passada. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, destacou o ritmo de avanço da pandemia no país. “O Brasil levou 17 dias para atingir 100 casos, outros sete dias para atingir 1000 e outros 14 dias para chegar a 12 mil”, relatou.
Já na comparação entre países, o secretário do Ministério da Saúde disse que o Brasil está em 15º lugar em número de casos confirmados, em 13º em número de óbitos e em oitavo em taxa de letalidade (a média global é de 5,1%).
No tocante ao perfil das mortes, 58% eram homens e 42% eram mulheres. No recorte por idade, 81% tinham acima de 60 anos. Na semana passada, esse percentual era de 90%. Já sobre as complicações associadas ao óbito, 237 tinham cardiopatia, 169 possuíam diabetes, 57 apresentavam alguma pneumopatia e 39 experimentavam alguma condição neurológica. As hospitalizações atingiram 2.424.
Veja os perfis últimas vítimas fatais que foram registradas no boletim da Secretaria de Estado de Saúde de Minas:
7 º Paciente: Paciente do sexo masculino, 72 anos, residente de Montes Claros. Início de sintomas em 18/03/20 e sem comorbidades. Internação em 27/03/20. Exame de Swab para COVID-19 detectável em 01/04/20 na FUNED. Óbito em 01/04/20.
8º Paciente: Paciente do sexo masculino, 82 anos, residente em Belo Horizonte. Início de sintomas em 24/03/20. Portador de Hipertensão arterial e hipotireoidismo. Internação em 30/03/20. Exame de Swab para COVID-19 detectável em 01/04/20 por Laboratório privado. Óbito em 05/04/20.
9º Paciente: Paciente do sexo masculino, 72 anos, residente em Ouro Fino. Início de sintomas 21/03/20 com febre. Sem comorbidades. Internação em 24/03/20. Exame de Swab para COVID-19 detectável em 05/04/20 na FUNED. Óbito em 31/03/20.
Com informações da Agência Brasil.
Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo