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Cidades brasileiras registram panelaço contra Bolsonaro Em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Salvador, pessoas bateram panelas e gritaram 'fora, Bolsonaro!' na noite desta quarta-feira (8). Presidente fez o quinto pronunciamento sobre coronavírus.

9 de abril de 2020, 00h20 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

Cidades brasileiras registraram panelaços contra o presidente Jair Bolsonaro na noite desta quarta-feira (8), durante o quinto pronunciamento do chefe do executivo em rede nacional de TV e rádio sobre a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Em Belo Horizonte foram registrados panelaços em ruas no centro da cidade, na Praça Raul Soares, bairro de Lourdes e outros na região Centro-Sul e na região da Pampulha.

Além de Belo Horizonte, os panelaços também foram registrados em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador. O presidente foi alvo de gritos “fora, Bolsonaro!” enquanto pessoas batiam panelas. As primeiras manifestações contrárias à Bolsonaro ocorreram em 17 de março.

Em seu pronunciamento, o quinto desde o início da pandemia do coronavírus no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil irá receber da Índia, até sábado (11), matéria-prima para produzir a hidroxicloroquina, remédio utilizado para tratamento experimental da covid-19 e também usado no tratamento de doenças como malária, lúpus e artrite.

O presidente ainda afirmou que, nos últimos 40 dias, após ouvir médicos, pesquisadores e chefes de Estado, passou a divulgar a possibilidade de tratamento da covid-19 desde a fase inicial da doença.

Bolsonaro citou a conversa com o médico cardiologista Roberto Kalil que afirmou que usou o medicamento e também o prescreveu para dezenas de pacientes. “Todos estão salvos. Disse-me mais: que, mesmo não tendo finalizado o protocolo de testes, ministrou o medicamento agora, para não se arrepender no futuro. Essa decisão poderá entrar para a história como tendo salvo milhares de vidas no Brasil. Nossos parabéns ao doutor Kalil”, comentou.

Sobre as medidas de isolamento social estabelecidas por governadores e prefeitos, o presidente falou que em nenhum momento o governo federal foi consultado sobre a amplitude ou duração das ações. “Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas, de forma restritiva ou não, são de responsabilidade exclusiva dos mesmos”, completou. O presidente disse ter certeza de “que a grande maioria dos brasileiros quer voltar a trabalhar”. “Esta sempre foi minha orientação a todos os ministros, observadas as normas do Ministério da Saúde”, destacou.

Foto: Reprodução/Carolina Antunes/TV Globo

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