O presidente Jair Bolsonaro deixou, nesta sexta-feira (10), o Palácio da Alvorada para ir ao Hospital das Forças Armadas, em Brasília. De acordo com a assessoria da Presidência, ele esteve em “visita ao corpo técnico e aos profissionais de saúde” da unidade e foi acompanhado pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo.
Bolsonaro também foi a uma farmácia no bairro Sudoeste, próximo ao hospital. Na saída, Bolsonaro disse em tom de brincadeira que foi “fazer um teste de gravidez”. No local, o presidente não usou máscara e ainda fez um lanche.
Além de romper o isolamento e descumprir as orientações das autoridades sanitárias, Jair Bolsonaro ainda foi flagrado limpando o nariz com a mão e, logo em seguida, cumprimentando uma idosa que o aguardava em frente a uma farmácia do Sudoeste, em Brasília..
Na agenda do presidente para esta sexta-feira não constam compromissos oficiais.
Mais cedo, o presidente recebeu o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, que o acompanhou até o hospital. O local é o mesmo onde Bolsonaro passou pelos exames para o novo coronavírus – e obteve resultados negativos. Não há informações oficiais sobre o motivo exato da nova ida ao hospital.
Padaria
Na tarde de ontem (9), Bolsonaro também deixou o Palácio do Planalto e foi a uma padaria, acompanhado de seu filho deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.
Há alguns dias, também durante o final de semana, o presidente esteve no HFA e foi a supermercados e estabelecimentos abertos em diferentes locais da capital federal. Bolsonaro defende a reabertura de comércios fechados por causa da pandemia da covid-19, para, segundo ele, não comprometer demais a atividade econômica e levar ao desemprego de brasileiros.
“Temos dois problemas que não podem ser dissociados, o vírus e o desemprego. Ambos devem ser tratados com responsabilidade. Mas se o remédio for demasiado, o efeito colateral será muito mais desastroso”, escreveu o presidente recentemente em postagem no Twitter.
O Ministério da Saúde mantém a recomendação de isolamento social como forma achatar a curva de infecção, ou seja, de impedir a rápida disseminação do novo coronavírus e a sobrecarga do sistema de saúde, que não conseguiria atender a todos os pacientes.
De acordo com o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, na próxima semana “vamos colher os frutos da difícil redução da mobilidade social”, determinada por estados e municípios nas últimas duas semanas. “Hoje eu vi que o pessoal começou a andar mais, vamos pagar esse preço ali na frente”, disse, em vídeo publicado ontem (9) nas redes sociais.
Com informações da Agência Brasil.
Foto: Hugo Barreto/Metropoles