O Brasil teve 407 novas mortes nas últimas 24 horas em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o maior número neste período desde o início da contagem. No total, o país soma 3.313 óbitos, 49.492 mil casos confirmados da doença e 26.573 pacientes recuperados. Ainda de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (23) pelo Ministério da Saúde, 19.606 casos estão em acompanhamento.
As novas mortes marcaram um aumento de 14% em relação a ontem quando foram registrados 2.906 falecimentos. O percentual de acréscimo foi mais do que o dobro do divulgado ontem em relação a terça-feira, de 6%.
Já a quantidade de pessoas infectadas teve uma elevação de 8,2% em relação a ontem, quando foram contabilizados 45.757 pacientes nessa condição.
Em Minas Gerais mais quatro mortes pelo novo coronavírus foram confirmadas em apenas 24 horas. Agora, os óbitos provocados pela doença somam 51 e o total de casos suspeitos chegou a 77.775. Os dados foram repassados nesta quinta-feira (23) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Com relação ao levantamento divulgado na última segunda-feira, o aumento nas notificações de pessoas que perderam a vida foi de 24%. Há quatro dias, eram 41 mortes
São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (1.345). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (530), Pernambuco (312), Ceará (266) e Amazonas (234).
Foto: Ministério da Saúde/Divulgação
Dados do Ministério da Saúde também mostraram que 26.573 pessoas conseguiram se recuperar da covid-19 no Brasil. O país registra mais de 49 mil casos confirmados do novo coronavírus e 3.313 mil mortes.
Medidas de enfrentamento ao coronavírus
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que a pasta ainda não sabe se o recorde de mortes nas últimas 24h se trata de uma tendência ou se é resultado de um número maior de diagnósticos de casos de dias anteriores. “A agente avalia todo dia o que está acontecendo. Se for linha de tendência de aumento, números dos próximos dias vão aumentar e vamos saber que isso não é esforço pontual”, avaliou.
Perguntado sobre a posição acerca das medidas de distanciamento social, Teich respondeu que será preciso uma avaliação constante, mas defendeu que o relaxamento do isolamento pode ser importante se não comprometer o combate à pandemia. “A gente vai ter que mapear o dia a dia e vai ter critérios e estratégias de saída, o que não quer dizer que vamos sair amanhã. A gente defende o que é melhor pra sociedade. Se o melhor for o isolamento, é o que vai ser. Se eu puder flexibilizar dando autonomia para as pessoas sem impactar na [infecção pela] doença, isso vai ser”, complementou.
Cloroquina
O titular da pasta da Saúde falou sobre a reunião com representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM) hoje (23), no Palácio do Planalto, sobre a utilização da cloroquina como tratamento contra covid-19. A alternativa é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro.
Na ocasião, o CFM, órgão representativo da classe médica, reafirmou que os diversos testes realizados em outros países e no Brasil ainda não trouxeram evidências científicas sobre a eficácia da cloroquina no tratamento de covid-19. A entidade, entretanto, endossou a diretriz de que cabe a cada médico optar ou não por receitar o medicamento a pacientes infectados pelo novo coronavírus. Esta previsão já havia sido colocada no guia de diagnóstico e tratamento do Ministério da Saúde divulgado no início de abril.
Nelson Teich lembrou que não há orientação do Ministério da Saúde, uma vez que não há base científica sobre os efeitos da substância nos pacientes. “Permitir uso a critério do médico não significa recomendação do MS. Ela vai ocorrer o dia que tivermos evidência científica clara do jeito que ela funciona. É uma autorização”, explicou.
Os ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário; de Minas e Energia, Bento Albuquerque; da Saúde, Nelson Teich; e da Casa Civil, Braga Netto; o advogado-geral da União, André Luiz Mendonça, participaram de entrevista à imprensa no Palácio do Planalto.
Com informações da Agência Brasil.
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