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Covid-19: Brasil tem pior dia da pandemia, com 600 mortes em 24h O doença já matou 7.921 pessoas no país, com mais de 114 mil casos da doença registrados, segundo o Ministério da Saúde.

5 de maio de 2020, 19h35 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O Brasil bateu novo recorde de novas mortes por covid-19 registradas em um dia: 600. Segundo atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta terça-feira (5), o total subiu para 7.921. A marca representou um aumento de 8% em relação a ontem, quando foram contabilizados 7.321 falecimentos. O índice de letalidade ficou em 6,9%.

O Brasil chegou a 114.715 pessoas infectadas. Nas últimas 24horas, foram adicionadas às estatísticas mais 6.935 casos confirmados, incremento de 6% casos em relação a ontem, quando foram registradas 107.780 pessoas nessa condição. Após declínio estatísticas de novos casos em 24h no fim de semana, o número voltou a crescer e se aproximou do recorde de 7.218, registrado na quinta-feira (30/4).

De acordo com o Ministério da Saúde, deste total, 58.573 estão em acompanhamento (51,1%) e 48.221 (42%) já foram recuperados, deixando de apresentar os sintomas da doença. Ainda são investigadas 1.579 mortes.

Covid-19 nos estados


Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde – Ministério da Saúde

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais informou, nesta terça-feira (5), que o número de casos confirmados de coronavírus em Minas chegou a 2.452 – 105 a mais que na véspera. Desses, há 94 mortes em decorrência da doença no estado. Ainda segundo a SES, outros outros 94 óbitos seguem em investigação e Minas Gerais tem 89.602 casos considerados suspeitos.

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (2.851). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (1.213), Ceará (795), Pernambuco (749) e Amazonas (649).

Além disso, foram registradas mortes no Pará (369), Maranhão (271), Bahia (146), Espírito Santo (133), Paraná (99), Minas Gerais (94), Paraíba (85), Alagoas (80), Rio Grande do Sul (79), Rio Grande do Norte (68), Santa Catarina (55), Amapá (55), Goiás (38), Distrito Federal (33), Piauí (29), Acre (29), Sergipe (21), Rondônia (29), Mato Grosso (13), Mato Grosso do Sul (10), Roraima (11) e Tocantins (7).

Distanciamento social
O secretário Wanderson de Oliveira informou que a equipe da pasta se reuniu com secretários estaduais para discutir o enfrentamento à pandemia. Ele comentou as medidas adotadas em alguns lugares, como no Maranhão, de fechamento mais rígido (ou lockdown, no termo em inglês).

“É medida complexa. Todos os secretários quando pensam neste assunto estão refletindo porque o impacto é muito negativo, mas o Ministério da Saúde está à disposição para apoiá-los. A decisão é do gestor local. São medidas temporárias que devem ser proporcionais e restritas a cada localidade”, observou.

Perguntado sobre quando será o pico da pandemia, ele respondeu que não é possível precisar e que a evolução será diferente em cada local e depende dos efeitos de medidas como o distanciamento social, que achata e prolonga a curva de contágio. Mas previu que de maio a julho deverão ser meses em que a pandemia seguirá preocupando.

Oliveira relatou que 1,6 milhão de testes laboratoriais e 3,4 milhões de testes rápidos já foram entregues a autoridades estaduais e municipais de saúde. Da promessa de 24 milhões de exames, esse montante está sendo adquirido. Ele ressaltou que é um alto volume é que os fabricantes assumiram um cronograma de entrega, sem detalhar quando a totalidade dos kits deverá estar disponível.

Diante da falta de exames para testar muitas pessoas, o secretário defendeu uma estratégia de monitoramento das pessoas gripadas e de quem teve contato com essas. Ele anunciou que o governo deve lançar um sistema de monitoramento eletrônico, para além do já existente hoje, que coleta dados por meio de ligações telefônicas.

Com informações da Agência Brasil.
Foto: Amazônia Real/Reprodução

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