O Brasil registrou 807 novas mortes por Covid-19, chegando ao total de 23.473. O resultado representou um aumento de 3,5% em relação a ontem (24), quando foram contabilizados 22.666 falecimentos em decorrência do novo coronavírus. Os números foram divulgados no balanço do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (25).
Foram incluídas nas estatísticas, 11.687 novas pessoas infectadas pelo vírus, somando 374.898. O resultado marcou um acréscimo de 1% em relação a ontem, quando o número de pessoas infectadas estava em 363.211.
Do total de casos confirmados, 197.592 (52,7%) estão em acompanhamento e 153.833 (41%) foram recuperados. Há ainda 3.742 óbitos sendo analisados.
A letalidade (número de mortes por casos confirmados) foi de 6,3%. Já a mortalidade (número de óbitos pela população) ficou em 11,2%.
Em relação a uma semana atrás, o aumento de pacientes recuperados foi de 53% e o de mortes em investigação, 64%. Também em comparação a semana anterior, o crescimento de mortes por covid-19 foi de 40%. No dia 18 de maio, o total era de 16.792. Já a quantidade de casos confirmados da doença aumentou 47,4%. Há sete dias, o balanço do Ministério da Saúde contabilizava 254.220 infectados.
São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (6.220). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (4.105), Ceará (2.493), Pernambuco (2.248) e Pará (2.372).
Em Minas Gerais, 6.962 casos foram confirmados do novo coronavírus, conforme o boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (25) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Nas últimas 24 horas, 294 mineiros foram infectados pela Covid-19. O número de mortes também não para de aumentar. Já são 230 óbitos, quatro a mais que o último levantamento, de domingo (24).
De acordo com a SES, das vítimas que perderam a vida, 89% tinham comorbidades e 55% eram homens. Os maiores de 60 anos representam 76% dessas notificações.
Além disso, foram registradas mortes no Amazonas (1.781), Maranhão (784), Bahia (477), Espírito Santo (465), Alagoas (337), Paraíba (279), Minas Gerais (230), Rio Grande do Norte (209), Rio Grande do Sul (197), Amapá (168), Paraná (156), Rondônia (121), Distrito Federal (114), Santa Catarina (109), Piauí (110), Sergipe (103), Goiás (96), Acre (97), Roraima (86), Tocantins (58), Mato Grosso (41) e Mato Grosso do Sul (17).
Já em número de casos confirmados, o ranking tem São Paulo (83.62), Rio de Janeiro (39.298), Ceará (36.185), Amazonas (30.282) e Pernambuco (28.366). Entre as unidades da federação com mais pessoas infectadas estão ainda Pará (26.077), Maranhão (22.786), Bahia (14.204), Espírito Santo (10.365) e Paraíba (8.016).
Na comparação internacional, em indicadores absolutos, de acordo com o mapa da universidade dos Estados Unidos Johns Hopkins, o Brasil está na segunda posição em número de casos confirmados, atrás apenas dos Estados Unidos (1,66 milhão). Já em número de mortes, o país segue na sexta colocação, atrás de Espanha (26.834), França (28.460), Itália (32.877), Reino Unido (36.996) e Estados Unidos (98.184). Como o Brasil possui uma população maior que parte destes países, na avaliação de indicadores proporcionais, a posição no ranking desce.
Leitos
A taxa de ocupação total dos leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) para a covid-19 no Brasil é de 77%. Isso significa que 17.940 leitos dos 25.299 que o SUS (Sistema Único de Saúde) tem à disposição estão sendo usados por pacientes infectados.
Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação pelo portal Fiquem Sabendo e divulgados nesta 2ª feira (25.mai.2020). Eis a íntegra (48 kb) do documento. Os números são levantados pelas secretarias de Saúde Estaduais e enviados ao Ministério.
De acordo com o governo, o sistema que alimenta os dados do Ministério da Saúde tem 1 intervalo entre o preenchimento dos leitos e a totalização dos casos porque os hospitais têm de 3 a 6 meses para enviar as informações sobre as internações para a pasta. “Apesar de todos os esforços, não há como inferir acerca da quantidade de leitos ocupados por Estado seja ele com covid-19 ou não”, diz o documento.
OMS
A Organização Mundial de Saúde (OMS) suspendeu nesta segunda-feira (25) o uso da hidroxicloroquina em pesquisas que ela coordenava com cientistas de 100 países.
A suspensão temporária foi tomada até que a segurança da droga seja reavaliada, já que estudos recentes mostraram que ela não é eficaz contra a Covid-19 e pode aumentar a taxa de mortalidade.
A OMS diz que estão mantidos os demais testes dentro da iniciativa internacional batizada de “Solidariedade”. Além do medicamento agora vetado, os pesquisadores ainda avaliam em pacientes o resultados de três tipos de antivirais e de um remédio usado para tratar esclerose múltipla (leia mais abaixo).
De acordo com a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, a cloroquina não é usada nos testes da iniciativa Solidariedade. Tanto a cloroquina quanto a hidroxicloroquina usam o mesmo princípio ativo, mas a cloroquina é considerada potencialmente mais tóxica. A hidroxicloroquina, composta por uma versão “atenuada” da substância, é considerada mais segura e é usada em tratamentos de longo prazo.
Com informações da Agência Brasil.
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