O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) convidou nesta sexta-feira (10), o pastor da Igreja Presbiteriana Milton Ribeiro para assumir o Ministério da Educação e anunciou o nome do novo comandante do MEC pelo Facebook.
Além de pastor, Ribeiro tem registro em seu currículo de curso de doutoramento completo em Educação. Ele tem também graduação em Teologia e atuou como reitor em exercício e vice-reitor da Universidade Mackenzie, segundo currículo Lattes. Ele também é militar da reserva do Exército.
Reportagem do jornal O Globo apontava que a indicação de Milton Ribeiro partiu “do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira, auxiliar de confiança de Bolsonaro”.
Em maio de 2019, Milton Ribeiro foi nomeado por Bolsonaro para a Comissão de Ética Pública ligada à Presidência da República.
Ribeiro será o quarto ministro a comandar a pasta em um ano e meio de governo Bolsonaro. Os antecessores são Ricardo Vélez Rodríguez, Abraham Weintraub e Carlos Alberto Decotelli.
No governo Bolsonaro, o MEC é uma das pastas que mais sofrem a influência da ala ideológica do governo, que segue o ideólogo Olavo de Carvalho. Abraham Weintraub foi o principal representante dessa ala.
O último ministro a ocupar o posto foi Carlos Alberto Decotelli, que ficou no cargo menos de uma semana e caiu após polêmicas envolvendo o currículo dele. Decotelli chegou a ser nomeado, mas sequer tomou posse.
Quando foi eleito presidente, em 2018, Bolsonaro disse que o MEC passaria a priorizar um “ensino de qualidade” para os jovens serem bons profissionais, “deixando de lado” temas relacionados ao que ele costuma chamar de “ideologia de gênero” e “ideologia voltada para o desgaste dos valores familiares”.
Para Bolsonaro, Paulo Freire é um “energúmeno”. Freire é considerado patrono da educação brasileira e autor do único livro brasileiro a aparecer na lista dos 100 títulos mais pedidos pelas universidades de língua inglesa consideradas pelo projeto Open Syllabus.
Com informações do Brasil 247 e G1.
Foto: Reprodução/TVB
