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Acampamento bolsonarista é uma fábrica de fake news sem eira nem beira: acompanhem. Protesto reúne principalmente empresários, autônomos e aposentados, que pedem golpe, criticam o Nordeste e alimentam máquina de fake news

5 de novembro de 2022, 15h09 | Por Redação - Blog do Lindenberg

by Redação - Blog do Lindenberg

Por Metrópoles

Empresários, autônomos, aposentados, grupos armamentistas e militares reformados, sendo a maior parte deles brancos e de alto poder aquisitivo. Esse é o perfil principal de manifestantes bolsonaristas que prometem “morar” em frente ao Quartel General do Exército de Brasília, até que surja uma “intervenção federal” e o resultado das urnas, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como próximo presidente, seja anulado.

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O Metrópoles acompanhou o protesto por dentro durante os últimos dias e presenciou o surgimento de notícias falsas, os pedidos de golpe e ofensas contra nordestinos, petistas e ministros do Supremo.

No universo paralelo de bolsonaristas criado em frente ao QG, Alexandre de Moraes é criminoso, Carla Zambelli (PL) viajou para os Estados Unidos para mostrar provas de fraude nas urnas, Jair Bolsonaro (PL) teve votos roubados, a “esquerda satanista” fez feitiços e as Forças Armadas têm poder constitucional de tomar a Presidência de Lula.

As contradições também tomam o espaço. Duas tendas principais com grandes caixas de som e organizadores com microfone destoam. Enquanto uma promove orações constantes, outra prega discursos de ódio contra figuras vistas como inimigas pela direita. O polêmico “banheiro unissex”, ideia atribuída de forma falsa ao plano de governo de Lula, surge no acampamento bolsonarista. Só dois banheiros químicos têm placas indicando o gênero, mas homens e mulheres usam o mesmo espaço.

Doações e dinheiro vivo
Acampados desde que Lula foi escolhido pela maior parte da população, nas eleições do último domingo (30/10), os bolsonaristas contam com uma estrutura cara. Comidas, bebidas e tendas são entregues “de graça” para os presentes.
A maioria não sabe dizer quem banca tudo isso, enquanto outra parte diz que são doações voluntárias. A arrecadação em dinheiro vivo chama atenção. Em cerca de 10 minutos, uma vaquinha para “contratar um trio elétrico” recebeu R$ 3.670 em espécie. Notas de R$ 100 e de R$ 50 saíam facilmente do bolso dos presentes.

Foto: reprodução

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