Por O Tempo
Pré-candidato ao governo de Minas, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), confirmou nesta quinta-feira (19) a aliança em Minas Gerais com o ex-presidente Lula.
O acordo também foi confirmado pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT), responsável por conduzir as negociações do lado do PT, e pelo presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho Patrus (PSD).
Em uma rede social, Kalil divulgou o jingle de campanha, antecipado por O TEMPO na quarta-feira (18) e escreveu: “Agora é Lula e Kalil”.
“A esperança que surgiu, Lula e Kalil. Minas Gerais já aplaudiu, Lula e Kalil. O sorriso dos mineiros se abriu, Lula e Kalil”, diz a letra da música.
“Tudo certo! Lula e Alexandre Kalil juntos em Minas Gerais”, escreveu Lopes nas redes sociais. “Ganham Minas e o Brasil”, respondeu Agostinho, que foi o responsável por ceder o posto de vice na chapa de Kalil para que o PT pudesse indicar um nome para o posto.
As declarações foram feitas após uma reunião dos dois com Alexandre Kalil em Belo Horizonte. No encontro, conforme apurou O TEMPO, Agostinho reforçou a disposição de que irá mesmo ceder o posto de vice para o PT, o que permitiu o anúncio.
Caberá agora ao PT definir quem será o indicado pelo partido para ser o vice na chapa de Kalil. No encontro que teve em São Paulo com Lula na última sexta-feira (13), o ex-prefeito de Belo Horizonte sugeriu o nome do deputado estadual André Quintão (PT).
Lula, então, ponderou que caberá ao PT, em decisão interna, escolher quem será o indicado. Apesar disso, a expectativa no PSD é que Kalil participe do processo e dê o aceite final ao petista que for indicado.
Tudo certo! @LulaOficial e @alexandrekalil juntos em Minas Gerais.
— Reginaldo Lopes 🇧🇷 (@ReginaldoLopes) May 19, 2022
Ganham Minas e o Brasil! https://t.co/QoPT92g3A7
— Agostinho Patrus (@agostinhopatrus) May 19, 2022
Segundo apurou O TEMPO com pessoas com conhecimento do que foi discutido na reunião desta quinta-feira, Reginaldo Lopes concordou em abrir mão de sua pré-candidatura ao Senado. Na última terça-feira, ele disse a O TEMPO que, até aquele momento, ninguém havia pedido para que ele fizesse isso.
Lopes, que também deve ter grande influência na escolha do vice, e o presidente do PT em Minas, Cristiano Silveira, foram procurados pela reportagem, mas não retornaram os contatos.
A vaga de senador na chapa de Kalil era o principal impasse para que a aliança com Lula fosse fechada. O PSD vai lançar o senador Alexandre Silveira (PSD) como candidato à reeleição. Presidente estadual da sigla em Minas, ele não aceitava compartilhar o palanque com uma candidatura de Reginaldo Lopes.
Por outro lado, o PT não aceitava apoiar Kalil em um desenho de chapa pura, com todos os três candidatos indicados pelo PSD. A solução para o imbróglio partiu de Agostinho, em café da manhã na casa de Lula na última sexta-feira (13). Na ocasião, ele disse que abria mão de ser o vice.
Foto: Reprodução/O Tempo