Home Covid-19 AGU entra com habeas corpus no STF para que Pazuello possa ficar em silêncio na CPI

AGU entra com habeas corpus no STF para que Pazuello possa ficar em silêncio na CPI O Pedido da Advocacia-Geral da União ao Supremo Tribunal Federal de garantias a Pazuello terá o ministro Ricardo Lewandowski como relator.

14 de maio de 2021, 06h31 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu na quinta-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que garanta o direito do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello de ficar calado no depoimento à CPI da Covid.O ministro Ricardo Lewandowski será o relator que também é responsável por uma série de procedimentos em tramitação no STF sobre as ações do governo federal no enfrentamento à pandemia. Lewandowski foi quem determinou, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), a abertura de um inquérito para apurar a conduta de Pazuello na administração da crise sanitária.

O pedido da AGU tenta blindar o ex-ministro Pazuello em seu depoimento à CPI. A peça tem o intuito de garantir que o ex-integrante do governo fale somente se quiser e, inclusive, pode barrar qualquer possibilidade de prisão.

O depoimento de Pazuello aos senadores, considerado crucial para os trabalhos da comissão, está marcado para a próxima quarta-feira (19).

Ao deixar o cargo, o general ligou sua demissão a um complô de políticos interessados em verba pública e “pixulé”. Na avaliação de senadores, ele sabe de escândalos que podem comprometer o governo.

Ao  entrar com o pedido no STF, a AGU apresentou três vertentes: o direito ao silêncio, no sentido de Pazuello não produzir provas contra si mesmo e de somente responder às perguntas que se refiram a fatos objetivos, eximindo o depoente da emissão de juízos de valor ou opiniões pessoais; o direito de se fazer acompanhar de advogado; e o direito de não sofrer quaisquer ameaças ou constrangimentos físicos ou morais, como a prisão.

A formulação do habeas corpus pela AGU teve aval do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

Ex-ministro

General do Exército, Pazuello comandou o Ministério da Saúde entre maio de 2020 e março de 2021, e o depoimento dele é um dos mais aguardados por integrantes da CPI.
A gestão de Pazuello foi marcada por uma série de polêmicas, entre as quais:

  • recordes sucessivos no número de mortes por Covid;
  • recomendação de medicamentos e tratamentos ineficazes contra a Covid;
  • crise no fornecimento de oxigênio para hospitais;
  • atraso na compra de vacinas.

Além disso, Eduardo Pazuello é investigado por suposta omissão no enfrentamento da pandemia no Amazonas.

A apuração tem como foco o colapso da saúde em Manaus. O Ministério Público Federal diz que o então ministro sabia do iminente colapso no abastecimento de oxigênio e não atuou para impedir.

 

 

Com Metrópoles
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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