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Ala contrária a Bolsonaro no Patriota convoca convenção para dia 24 Legenda tem realizado várias convenções para abrir caminho da filiação do presidente Jair Bolsonaro, porém, há um grupo dissidente contra

16 de junho de 2021, 17h34 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

Amparado pela ala dissidente do partido, primeiro vice-presidente nacional do Patriota, Ovasco Resende, convocou uma convenção nacional para as 11h do dia 24 de junho. O ato é assinado ainda por outros 15 dirigentes partidários e quatro deputados federais, entre eles, Fred Costa (MG), líder da bancada de seis deputados na Câmara dos Deputados.

O grupo está descontente com o presidente do partido, Adilson Barroso, acusado de mudar o estatuto da legenda para abrir caminho da filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Diferentemente da última convenção, realizada na segunda-feira (14/6) em Barrinhas (SP), sede nacional do partido, a convenção convocada por Ovasco deve ser sediada em um hotel em Brasília, também com a possibilidade de participação virtual.

O edital de convocação, publicado nesta quarta-feira (16/6) no Diário Oficial da União (DOU), justifica que o chamamento foi provocado pela “maioria da Comissão Executiva Nacional e do Diretório Nacional”, amparado no artigo 38 do Estatuto do Patriota, que permite que a convocação possa ser feita pelo vice-presidente.

A convenção tem a seguinte pauta:

  1. Deliberar sobre atos do Presidente Nacional do Patriota e possíveis sanções e consequências;
  2. Eleição e posse para suprimento de cargo vacante por morte de Membro do Diretório Nacional e Secretário de Organização Interna Nacional do Patriota;
  3. Deliberação sobre alteração estatutária;
  4. Deliberar sobre a possibilidade do Patriota vir a ter candidatura própria à Presidência da República;
  5. Outros assuntos de ordem legal e estatutária.

No último mês, Barroso realizou duas convenções para alterar o estatuto da legenda, ampliar o número de dirigentes partidários e abrir espaço para acomodar aliados de Bolsonaro. No fim de maio, a legenda filiou um dos filhos do mandatário, o senador Flávio Bolsonaro (RJ).

O grupo dissidente é contra ceder controle do partido a Bolsonaro, que está sem partido desde novembro de 2019. Quando saiu do PSL, Bolsonaro anunciou intenção de criar uma agremiação própria, o Aliança pelo Brasil. A tentativa, no entanto, foi frustrada, em razão do número de assinaturas necessárias, que não seria obtido a tempo das eleições de 2022.

O presidente da República vai se reunir, nesta quarta-feira (16/6), com a bancada do PSL mais alinhada para discutir a questão partidária. Um grupo de cerca de 30 deputados federais deve acompanhá-lo na mudança de partido.

Foto: Marcos Corrêa/PR

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