Home Minas Gerais ALMG marca para 23h45 debate que deve pôr em pauta mineração na Serra da Moeda

ALMG marca para 23h45 debate que deve pôr em pauta mineração na Serra da Moeda Parecer foi aprovado, com apenas um voto contrário, em reunião no horário incomum; a proposta é criticada por, em suma, permitir que a área, atualmente protegida, seja explorada por mineradoras

18 de novembro de 2021, 12h18 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por O Tempo

O projeto de lei 3300/2021, que altera limites do Monumento Natural da Serra da Moeda, com território nos limites entre Moeda e Itabirito, teve sua última etapa de discussão em comissões antes da aprovação para poder ser votado em plenário na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) marcada para esta quarta-feira (17) às 23h45.

O parecer da Comissão de Desenvolvimento Econômico, a favor do projeto, foi aprovado ainda no fim da noite desta quarta, com apenas um voto contrário, do deputado Bernardo Mucida (PSB), que criticou a ameaça da mineração à áreas atualmente protegidas do monumento natural. Agora, o PL está pronto para ser apreciado em plenário – o que, apontam interlocutores, deve ocorrer ainda nesta semana.

A pauta, apresentada no último 9 de novembro pelo deputado estadual Thiago Cota (MDB), ganhou duas vitórias em poucos dias – aprovação na Comissão de Constituição e Justiça nessa terça-feira (16), e, na tarde desta quarta-feira, na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

A proposta é parecida com um projeto apresentado em 2020 por Antônio Carlos Arantes (PSDB), que não chegou a tramitar após identificação de fraudes em consulta pública realizada no site da ALMG. À época, o tucano retirou o texto de pauta.

Contrária à proposta, a deputada Beatriz Cerqueira (PT) acompanhou todas as discussões e afirma que eventual aprovação só “beneficia a mineração”.

“Será uma péssima mensagem do Legislativo mineiro depois de dois crimes ambientais, na eminência de crises hídricas, avançar com a mineração em áreas protegidas. É uma região sem mineração, que tem outras formas de se sustentar, uma forte vocação turística. Não é uma justificativa possível ampliar a mineração em troca de empregos, que além de temporários, seriam precários”, justifica.

A reportagem tentou entrar em contato com Thiago Cota, mas o emedebista não estava disponível. O TEMPO aguarda posicionamento para que seja incluído nesta reportagem.

Foto: Flavio Tavares

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