O conclave realizado no Vaticano anunciou, nesta quinta-feira (8), a escolha de um novo papa: o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, que adotou o nome de Leão XIV. A nomeação ocorre menos de um mês após o falecimento do papa anterior, encerrando um breve período de sede vacante na liderança da Igreja Católica.
Com 69 anos, Leão XIV torna-se o primeiro papa originário dos Estados Unidos e o segundo do continente americano a ocupar o cargo mais alto do catolicismo. Sua eleição se concretizou no segundo dia do conclave, após quatro votações, sendo sinalizada pela tradicional fumaça branca que emergiu da Capela Sistina por volta das 18h no horário local.
Pouco depois, o novo papa surgiu na sacada da Basílica de São Pedro para dirigir-se aos fiéis reunidos na praça. Em sua primeira fala pública como pontífice, expressou gratidão por seu antecessor e reforçou seu compromisso com os valores de fraternidade, paz e inclusão.
Nascido em Chicago em 1955, Leão XIV possui uma longa trajetória na vida religiosa. Ingressou na Ordem de Santo Agostinho ainda jovem e foi ordenado sacerdote no início dos anos 1980. Atuou durante muitos anos na América Latina, especialmente no Peru, onde desenvolveu trabalhos pastorais e conquistou respeito e reconhecimento pelas ações junto às comunidades locais.
Nos últimos anos, ocupou cargos de destaque na administração da Igreja, com envolvimento direto em decisões sobre nomeações episcopais e assuntos relacionados à América Latina. Seu perfil conciliador e experiência internacional foram fatores decisivos para sua eleição, segundo observadores da Igreja.
A escolha do nome “Leão XIV” é interpretada como uma referência à tradição de papas comprometidos com reformas sociais e à busca por uma Igreja mais próxima do povo. Analistas veem nisso um sinal de continuidade em relação às prioridades dos pontificados anteriores, especialmente no campo da justiça social.
A chegada de um papa americano ao comando da Igreja representa um momento histórico, marcando uma nova fase para a instituição em um mundo cada vez mais globalizado. A expectativa é de que seu pontificado traga impulso renovado ao diálogo inter-religioso, ao acolhimento dos marginalizados e à renovação pastoral.
Com esse novo capítulo, a Igreja Católica se prepara para enfrentar os desafios do presente com uma liderança que une experiência, fé e uma visão voltada para a inclusão e transformação.
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