Por Agência Minas
Estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Estações de Tratamento de Esgotos Sustentáveis (INCT ETEs Sustentáveis) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o apoio técnico e financeiro da Agência Nacional de Águas (ANA), reforça entendimento de que a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) já teria chegado ao ponto máximo da curva de demanda hospitalar para tratamento da covid-19.
O projeto “Detecção e quantificação do novo coronavírus em amostras de esgoto nas cidades de Belo Horizonte e Contagem – Monitoramento COVID Esgotos” considera materiais coletados nas bacias do Arrudas e do Onça no período de 13/4 a 10/7, nas nas 16ª a 28ª semanas epidemiológicas após início da pandemia. O monitoramento foi feito de forma consecutiva e ininterrupta nessas localidades.
O levantamento estimativo da população infectada e dos casos confirmados (ver gráfico) revela, por exemplo, que os percentuais de amostras de esgoto que testaram positivamente para covid-19 chegaram ao ponto mais alto no período de 29/6 a 3/7, com projeção de 500 mil infectados. Na semana seguinte, de 6 a 10/7, o estudo já mostra redução para 350 mil contaminações. Isto significa que, entre a 27ª e 28ª semanas, a queda no contágio foi de 30%.
O resultado reafirma a projeção das autoridades sanitárias quanto ao chamado platô da doença, especialmente na RMBH. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) havia divulgado, há algum tempo, que o comportamento da curva de casos apontava o mês de julho para o pico de contaminação pelo coronavírus. Segundo a SES-MG, entende-se por ‘platô’ uma espécie de estabilização gráfica, em linha reta, da curva de casos da doença, conforme a conjuntura epidêmica e a da demanda por leitos na rede pública de saúde.
Os números, no entanto, não indicam fase de flexibilização. A adoção e a manutenção dos cuidados gerais de prevenção a longo prazo – incluindo o uso de máscara e a lavagem constante das mãos -, seguem fundamentais para o controle na transmissão do vírus, conforme sinalizam as autoridades sanitárias.
A 7ª edição do boletim de acompanhamento também contou com o apoio técnico da SES-MG, da Copasa e do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).
Foto: José Cruz / Agência Brasil