Home Internacional Após Erika Hilton, Duda Salabert enfrenta erro de gênero em processo de visto dos EUA

Após Erika Hilton, Duda Salabert enfrenta erro de gênero em processo de visto dos EUA deputada afirmou que o episódio vai além da transfobia, caracterizando um desrespeito à soberania do Brasil e aos direitos humanos fundamentais.

16 de abril de 2025, 15h14 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

A deputada federal Duda Salabert (PDT) relatou em suas redes sociais que, ao tentar obter um visto para viajar aos Estados Unidos, foi identificada com o gênero masculino. Esse incidente gerou grande repercussão nesta quarta-feira (16), após outro caso semelhante envolvendo a deputada transexual Erika Hilton (PSOL).

Hilton, eleita por São Paulo, afirmou que tomaria medidas contra o presidente dos EUA, Donald Trump, na Organização das Nações Unidas (ONU), acusando-o de transfobia, depois de também ter sido identificada como homem durante o processo de visto.

No relato de Salabert, a deputada mineira explicou que foi convidada para participar de um curso sobre desenvolvimento na primeira infância, em parceria com a Universidade de Harvard. No entanto, ela não pôde embarcar devido ao vencimento de seu visto. Ao iniciar o processo de renovação junto ao consulado dos EUA, foi informada de que seu novo visto seria registrado com o gênero masculino, ao invés de feminino, como constava anteriormente.

A parlamentar afirmou que tem buscado resolver a questão através de “canais diplomáticos”, mas destacou que o episódio vai além da transfobia, configurando um “desrespeito à soberania do Brasil e aos direitos humanos mais fundamentais”.

Duda Salabert, por Minas Gerais, e Erika Hilton, por São Paulo, são as únicas deputadas trans eleitas para o Congresso Nacional.

Em janeiro deste ano, ao retornar à Casa Branca, o presidente Donald Trump assinou um decreto que não reconhece pessoas trans dentro do território dos EUA.

Nas redes sociais, Hilton, que também estava prestes a participar de uma conferência, afirmou que não ficou surpresa com a situação, já que outras pessoas da comunidade trans, como a atriz e ativista Hunter Schafer, haviam registrado casos semelhantes nas últimas semanas. “Estão ignorando documentos oficiais de outras nações soberanas, até mesmo os de uma representante diplomática, para tentar descobrir se a pessoa, em algum momento, teve um registro diferente. No final das contas, sou uma cidadã brasileira e meus direitos são garantidos pela nossa Constituição, legislação e jurisprudência”, escreveu a deputada.

Fotos : Bruno Spada e Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados.

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