Por Metrópoles
O pastor e cantor gospel André Valadão se pronunciou nesta quinta-feira (20/10) sobre o polêmico vídeo publicado por ele na noite de quarta-feira (19/10). Na gravação, ele diz ter sido intimado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, a postar uma retratação por falas sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A coligação do petista de fato ingressou na Justiça Eleitoral com pedido de direito de resposta por falas de Valadão. Não houve, porém, decisão alguma no processo, que está sob relatoria da ministra Maria Claudia Bucchianeri, e não do presidente da corte.
O documento recebido pelo cantor gospel e publicado por ele nas redes sociais nesta quinta é uma citação, que apresenta o conteúdo do processo e pede que ele se manifeste nos autos em até dois dias. É apenas depois dos dois lados se manifestarem que a relatora publica a decisão do caso.
Valadão chama o pedido de direito de resposta de “invasão” ao seu perfil do Instagram, que acumula 5,5 milhões de seguidores, e diz que seu objetivo ao publicar o vídeo era “que o pedido perdesse o objeto”.
O vídeo publicado pelo cantor gospel foi marcado pelo Instagram como informação falsa, após checagem da agência Aos Fatos.
Veja a publicação:
Relembre
“Eu venho me declarar a partir dessa intimação dizendo que Lula não é a favor do aborto. Lula não é a favor da descriminalização das drogas. Lula não é a favor de liberar pequenos furtos”, disse o pastor no vídeo.
O pastor ainda disse que “Lula não é a favor, literalmente, de colocar uma regulação da mídia, onde você vai perder o poder de expressar sua opinião, expressar o seu culto”. “Os trombadinhas entrarão na sua casa, roubarão sua TV e seu celular, você correrá risco de vida e nada acontecerá com eles…”, acrescentou, acenando negativamente com a cabeça.
André Valadão é apoiador da reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e faz campanha nas redes sociais atacado o ex-presidente Lula. O pastor já chegou a afirmar que petista é a favor do aborto, de pequenos furtos, e que se eleito poderia, inclusive, fechar igrejas.
O Metrópoles tentou contato com o cantor gospel e aguarda retorno.
Foto: Reprodução